Com 23 quilômetros de litoral, além de lagoas, ilhas e cachoeiras, Macaé pode se orgulhar quando o assunto é atrativos naturais. O verão na cidade é um verdadeiro convite! As altas temperaturas e as muitas opções de lazer fazem com que a cidade se torne um refúgio de quem quer aproveitar os dias mais longos, as férias escolares com a garotada ou simplesmente curtir os próprios pensamentos ao assistir nada menos que um espetáculo que é o pôr do sol visto da Lagoa de Imboassica. Seja qual for a preferência, que dá para aproveitar bem o verão em Macaé, ah, isso é uma unanimidade!
Scarlatt Rodrigues: a paixão por Macaé traduzida em fotografias
Scarlatt Rodrigues traduz na fotografia toda a sua sensibilidade no olhar e a intensidade do amor pela cidade. “Sou apaixonada por Macaé, principalmente pelo pôr do sol na Lagoa da Imboassica, gosto de acompanhar seu desenvolvimento e poder enxergar a cidade com olhos de turista, apesar de ser nascida e criada aqui”, ressalta ela, que afirma que as fotos são seu hobby predileto.

“Nunca fiz curso nem nada, apenas uma noção mesmo do ângulo e da luz”, afirma ela, ao se dizer surpresa pelo interesse com o conteúdo compartilhado em sua página no Instagram. “Aconteceu de uma forma muito despretensiosa. As pessoas começaram a curtir, alguns posts viralizaram e fico muito feliz com isso. Macaé é o meu quintal, o meu lugar, não me vejo construindo família e vivendo em outra cidade”, destaca.
Sana, Praia de Hollywood e a Lagoa de Imboassica são lugares favoritos de Scarlett, que tem inúmeras fotos das paisagens em Macaé ilustrando seu perfil, entre elas o pôr do sol da lagoa que, segundo ela, é o mais bonito que já viu. “Macaé é acolhedora, coração de mãe e a gente percebe que essa cidade que é repleta de beleza está em evolução, impossível não ter meus olhos sempre voltados para ela”, reforça.
Marlon Lima: uma história de vida com a Ilha de Sant’Anna
Macaense, filho de pescador, Marlon Lima aprendeu desde sempre a conviver e respeitar o mar. “Sou nascido e criado atrás do Mercado de Peixes, lugar carinhosamente chamado de Pororoca. Quando éramos crianças, o lazer que tínhamos, eu e meus irmãos, era ir passear na Ilha de Sant’Anna, onde íamos com os nossos pais todo final de semana. Então, a gente cresceu nesse ambiente, por isso, a nossa ligação com o mar é muito forte”, aponta.
A vivência trouxe experiência de um contato profundo com o lugar onde Marlon já chegou a passar sete dias acampado, além de rodear a ilha a pé por duas vezes. O amor pela ilha é algo que ele vem perpetuando através das filhas Valentina, 9 anos, e Isadora, 7 anos. “Meu pai iniciou a sua vida pescando no Arquipélago de Sant’Anna e esse lugar está interligado à minha história de vida, para onde, ainda hoje, vamos com muita frequência, eu, a minha esposa Gláucia e as minhas filhas, além de ser um local que faz parte do sustento de muitos pescadores artesanais de Macaé”, destaca.

O Arquipélago de Sant’Anna fica a oito quilômetros da costa de Macaé, sendo formado por outras ilhas. Apesar de ter a Ilha de Sant’Anna como lugar favorito, Marlon destaca outros pontos no local que valem a pena ser apreciados. “As Galetas é um dos pontos mais bonitos, além do ‘Barro Vermelho’, localizado atrás da Ilha do Francês”, fala, destacando que, além do turismo e pesca artesanal, o arquipélago também costuma ser ponto de encontro para os amantes da prática da pesca esportiva.
Atualmente, o desembarque na Ilha de Sant’Anna está proibido pela Marinha, situação que Marlon lamenta, mas que acredita que será revertida em breve. “Em 41 anos de vida, eu nunca vi isso acontecer. Sou integrante da Sociedade Amigos da Marinha e estou cumprindo mandato como vereador. Essa questão do ordenamento para a visitação ao arquipélago sempre foi alvo do meu trabalho. Então, é preciso que haja medidas de controle e um plano de manejo a fim de resguardar a preservação da área”, avalia.
Nelson Mohamed: a paixão pelas cachoeiras do Sana!
Distrito mais visitado de Macaé, o Sana, na região serrana, é um verdadeiro arrebatador de corações. Com Nelson Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Nelson Mohamed, não foi diferente. “O Sana foi amor à primeira vista e, desde que vim morar em Macaé, há cerca de 20 anos, não consigo parar de ir lá. Quando passo o portal, parece que esqueço de todos os problemas da vida, é uma energia surreal”, revela ele, que trabalha embarcado e nas folgas quase sempre está no Sana.

Nascido em Miracema, ele afirma que criou uma relação muito próxima com Macaé, principalmente pelas ofertas de atrativos naturais. “Macaé me conquistou por ter esse privilégio de ter tudo muito próximo, uma cidade que tem praias, cachoeiras no quintal de casa. Você pode fazer trilhas, acampar, algo que deveria até ser mais explorado”, informa ele, que em seu perfil no Instagram conta com mais de 20 mil seguidores com quem compartilha a beleza dos lugares por onde passa. “As pessoas se interessam, perguntam. E eu sempre falo sobre a questão da segurança, sempre que vou a algum lugar novo, é acompanhado de alguém que tenha familiaridade”, relata.
E a dica do lugar favorito no Sana? Para Mohamed é a Cachoeira do Segredo que, segundo ele, faz os 90 minutos de caminhada valerem a pena. “É um lugar maravilhoso, paisagem espetacular, que te encanta ao mesmo tempo em que mais parece uma pintura. Realmente, quando você chega, percebe que valeu muito o esforço para estar ali”, conclui.
Kaká Kilha e as aventuras na Praia das Pedrinhas
Com 62 anos muito bem vividos, Carlos Alberto Rangel, mais conhecido como Kaká Kilha, fala com orgulho que é macaense de coração, já que, apesar de ter nascido em Campos dos Goytacazes, vive aqui desde os oito anos de idade. O espírito aventureiro o levou a, além de ser surfista, figurar entre os desbravadores das praias do Pecado e Pedrinhas no final da década de 1970.
“Entre o final da década de 1970 e início de 1980, a gente ia para as Pedrinhas porque era mais deserto e a praia favorecia mais as ondas, além de ter aquela coisa mesmo de adolescente de querer se aventurar. Era uma outra fase, havia muitas pitangas pelo caminho que a gente catava. Havia muitos mariscos também que o pessoal cozinhava. O acesso era bem mais difícil, além de todo mundo falar do perigo daquelas praias, mas, apesar de ter um pouco de medo, sempre tive o espírito destemido”, relembra.

A relação afetiva criada com o lugar permanece ainda hoje. A distância de cerca de 1,2 km da lagoa até a Praia das Pedrinhas é o percurso favorito para caminhadas ao lado do filho Ian ou na companhia da esposa, Regina. “É um presente para a nossa saúde mental estar em contato com a natureza, algo tão acessível poder caminhar e contemplar essa paisagem linda, quase que intocada, um prazer indescritível, uma graça que Deus deu pra gente, sem custo nenhum”, destaca Kaká, citando a presença do pescador Max Schimidt que sempre está por lá, a quem ele carinhosamente chama de “Guardião das Pedrinhas”.
Para quem deseja aproveitar o lugar, Kaká dá dicas, como ir preparado para uma caminhada de cerca de 20 minutos, além de levar água, frutas e saquinho para lixo.
João Gabriel: a resenha com os amigos na Praia do Pecado
João Gabriel Reid tem 19 anos e a Praia do Pecado como point em Macaé. O estudante de Administração conta que o local é seu refúgio, onde encontra a galera para praticar esportes e curtir a resenha aos fins de semana. “Desde pequeno sempre gostei de ir à praia. Meu irmão sempre me levava quando ia com os amigos. Como ficava olhando ele surfar, acabei iniciando no surfe também quando tinha uns 12 anos. Agora, com a rotina de trabalho e estudos, só consigo ir mesmo sábado e domingo, mas ainda assim faço questão de ir sempre”, garante.

amigos durante os fins de semana, principalmente no verão.
E sem tem rolê na praia, não podem faltar os clássicos de Macaé: jogo de altinha, açaí, água de coco no quiosque e, para encerrar, o pôr do sol na lagoa, práticas que fazem parte da rotina de João. “Estar na praia, para mim, é estar em paz. É um momento importante para descansar a mente e me divertir ao lado da boa companhia dos amigos e da família”, aponta. Mas a Praia do Pecado não é a única a ter espaço no coração de João que, como bom macaense, é apaixonado por curtir a cidade. “A Praia das Pedrinhas é outro local que gosto bastante e Macaé tem muito para se fazer, como caminhar pela Praia Campista e fazer trilha no Morro do Paiol”, cita.