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Sexagem fetal. Será que é menino ou menina?

ter, 28/04/2015 - 10:31 -- Leila Pinho
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Alle Tavares
família com filho recém-nascido

Dizem que as grávidas são super curiosas. Perguntam, futucam, pesquisam e vão em busca de toda e qualquer informação sobre seus bebês. Elas querem mesmo é saber tudo o que se passa com a criança, e querem saber cada vez mais cedo e mais rápido. Não é de assustar que muitas gestantes já tenham conhecimento sobre o exame de sexagem fetal, que identifica osexo do bebê a partir da 8ª semana de gestação. É tão precoce que em muitos casos, a mulher acaba de descobrir que está grávida e duas ou três semanas depois já tem a certeza se terá um menino ou menina.

Com a fonoaudióloga Deise dos Santos Cândido Coelho, de 40 anos, foi exatamente assim. Ela descobriu a gravidez na 6ª semana de gestação. Quando estava na 8ª semana, fez o teste e recebeu a notícia de que seria mãe de uma garotinha, a Clara. Mas, na casa dela, a ansiedade não tomou conta da mãe e, sim, das duas filhas, Paula de 11 anos e Bruna, de 12. “Eu acabei fazendo o exame pelas meninas e não por mim. As minhas filhas ficaram muito ansiosas, elas queriam que o bebê fosse uma menina e só de pois de sair o resultado, elas relaxaram”, conta Deise. Ela se recorda do momento de alegria quando fez a revelação para as filhas. “Fizemos uma reunião no almoço e contamos. A primeira reação da Bruna foi chorar, ela chorou de emoção”. Para ela, fazer a sexagem fetal foi uma novidade. Na gravidez das duas primeiras filhas, a descoberta do sexo veio por meio do ultrassom, exame mais convencional.

Seja para fazer o enxoval do bebê, para programar festinhas como chá de fralda, chá de revelação e tantas outras relacionadas à gravidez, para escolher o nome com antecedência ou fazer reformas no quarto da criança. Motivos não faltam para desvendar o mistério do sexo bem no início da gestação. Os pais costumam adorar, afinal, a informação é muito útil para quem precisa preparar tudo para a chegada do neném.

casal comprando roupinha de bebêA experiência fez Deise dar outras prioridades para as questões mais práticas ligadas ao nascimento. Enquanto nas duas primeiras gestações ela adiantou a compra do enxoval, na terceira foi diferente. As roupinhas da Clara só foram compradas no final da gravidez. “Saber que eu teria a Clara foi importante porque precisava fazer obra em casa. Com toda essa mudança, eu pude me planejar com mais tempo e me preocupei mais em fazer o quarto”, fala a fonoaudióloga.

Muito curiosa e ansiosa por natureza, a enfermeira do trabalho Mariana Mitiko Hitomi, de 29 anos, fez o teste na 8ª semana. Gestante pela primeira vez, assim que soube da gravidez, ela se programou para fazer a sexagem fetal. A expectativa era tão grande que Mariana já havia sonhado diversas vezes que estava fazendo o exame, ora recebendo a notícia de que teria uma menina e ora um menino. “Minha amiga já tinha feito esse exame e o resultado deu certinho que era um menino. Fiquei confiante e quis fazer também. Se tivesse um teste para saber o sexo do bebê antes da gravidez eu, com certeza, faria”, brinca.

Quando o tão esperado  resultado chegou nas mãos da enfermeira, a primeira ação dela foi ir a uma loja de moda infantil e comprar a primeira roupinha da Yasmin. Essa foi a notícia que ela precisava receber para escolher a decoração do quarto, comprar os móveis e dar cor e forma a todos os objetos e coisinhas que farão parte da vida da filha que vai chegar.

 

Simples como um exame de sangue

 

bióloga manipulando exame de sangue

Basta colher um pouquinho de sangue da mãe para fazer o exame de sexagem fetal. Muito simples, não exige preparo algum, nem jejum e não tem contraindicação. Rápido e fácil, a gestante sente apenas o incômodo da picadinha da agulha e pode solicitar o procedimento ao médico. A taxa de acerto é bem alta e gira em torno de 99%. O resultado sai em cerca de 5 dias úteis, em alguns laboratórios de Macaé.

Graças à descoberta médica de que existe quantidade significativa de DNA fetal no sangue da mãe — feita pelo cientista chinês Y. Dennis Lo —, o biólogo molecular brasileiro José Eduardo Levi desenvolveu um teste que identifica qual é o sexo do bebê através de análise do sangue da mãe, o exame de sexagem fetal. O teste é relativamente recente e começou a ser realizado no Brasil desde 2003.

De acordo com a bióloga do Laboratório de Análises Clínicas Bioanálise, Thais de Souza Pinho, o indicador do sexo do bebê é o cromossomo. Se a criança for do sexo feminino só pode ter o cromossomo XX e, se for masculino, XY. “Por métodos moleculares, detecta-se o cromossomo no sangue da mãe. Como a mãe é XX, se for identificado o Y é um menino, se não detectar o Y é uma menina. Isso vale para os casos de gestação de somente um bebê”, explica Thais. Já nos casos de gravidez de gêmeos, o teste não é preciso, pois apenas sinaliza se há ou não meninos. Se não houver cromossomo Y é possível afirmar que os bebês são meninas, porém, se o Y for detectado, não dá para saber o sexo das outras crianças, podendo ser menino ou menina. O procedimento é realizado apenas pela rede privada e nos laboratórios de Macaé custa entre R$ 450,00 e R$ 600,00.

médica ginecologista alessandra lofiego no consultorioApesar de a sexagem fetal não fazer parte da rotina de pedidos de exames do pré-natal, em alguns casos, o médico pode solicitar de acordo com as necessidades da paciente e, também, para acalmar os ânimos. A ginecologista e obstetra Alessandra Lofiego, costuma indicar apenas quando a grávida está muito ansiosa. “Geralmente, a gente não oferece o exame. Se a paciente tem condições de pagar e quer muito saber o sexo, pode realizar o teste sem problema nenhum”, explica.

Para a médica, as gestantes estão ficando mais ansiosas e muitas delas já chegam no consultório sabendo da existência da sexagem fetal. “É cada vez mais raro uma grávida não querer saber o sexo do bebê. Até hoje, só tive duas pacientes que não quiseram”, fala Alessandra. Há outros tipos de procedimentos para conhecer o sexo do bebê, entre eles, o mais convencional é a ultrassonografia, geralmente realizada a partir da 12ª semana de gravidez.

 

Menino ou menina, que venha com saúde

 

Em meio a tantos pensamentos sobre como será o bebê e junto com a grande expectativa do  nascimento, os pais passam por muitas descobertas. Mas nenhuma comprovação costuma
deixá-los mais tranquilos do que ver a criança nascer bem e cheia de vida. “Nem eu nem meu esposo tínhamos preferência de sexo, eu sempre quis que viesse com saúde”, fala Deise.
 

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