No coração de Macaé, uma pequena revolução educacional está em curso há 35 anos. O Sentrinho, pioneiro em acolher alunos com deficiência, construiu ao longo dessas décadas uma nova forma de educar, focada em potencializar a diversidade humana em todas as suas formas.
Fundada pela professora Rita Nolasco Manhães, a educadora desenvolveu ao longo dessa jornada uma diferente forma de educar, promovendo a inclusão. “Naquele tempo, as pessoas com deficiência eram excluídas, vistas como doentes. Nós rompemos com essa visão e mostramos que são pessoas diversas, com potenciais diferentes, e não doentes”, diz.

Ao longo de sua história, o Sentrinho foi se moldando e expandindo suas práticas educacionais. Aqui, cada estudante segue seu tempo, respeitando suas limitações e, o mais importante, celebrando suas conquistas e capacidades.
“Temos alunos que chegaram aqui profundamente marcados por uma sociedade violenta e excludente. Hoje, muitos deles são exemplos de superação, solidariedade e consciência crítica”, celebra Rita.
Mas é por meio de eventos culturais que envolvem a comunidade, como apresentações musicais, que o Sentrinho mudou a maneira como Macaé vê as pessoas com deficiência. A comemoração dos 35 anos da instituição, celebrada no mês de agosto, recebeu músicos como Toninho Geraes, Chico Alves, Andréa Martins, Samba de Madeira e Diego Cabral. A ocasião é importante, sobretudo para os estudantes, pois integra a comunidade nas atividades realizadas pela escola.

Hoje com cerca de 250 alunos, o Sentrinho segue em sua missão de transformar vidas, mostrando que educação inclusiva vai muito além de ensinar conteúdos, mas é, sobretudo, um ato de respeito e amor ao ser humano. “A beleza da humanidade está em sua diversidade. O que nos define não são nossas limitações, mas a nossa capacidade de amar e transformar”, reflete Rita, com um brilho nos olhos de quem acredita no poder transformador da educação.