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Escola Alfa e os desafios de educar em meio à pandemia

sex, 12/02/2021 - 15:18 -- Juliana Carvalho
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O espaço físico da Escola Alfa é aberto, com muitas áreas verdes e contato com a natureza.

As mudanças nas relações escolares em 2020, trazidas pela pandemia do novo coronavírus, trouxeram à tona uma série de preocupações além da questão do contágio em si. O bem-estar de crianças e adolescentes colocadas diante de uma nova rotina no processo de aprendizado também não pode ser ignorado. A Escola Alfa conseguiu se fazer presente, auxiliando famílias, profissionais de educação e, principalmente, os alunos a todas as adaptações necessárias ao momento. Agora, a escola, privilegiada pelo espaço amplo e contato com a natureza, se prepara com a elaboração de um protocolo de biossegurança que irá nortear essa nova rotina, a partir do retorno das aulas presenciais.
Estamos fechando um protocolo que conta com a participação de uma comissão de pais, representantes da equipe escolar e especialistas. Nele, estamos sistematizando, inclusive, o uso dos espaços ao ar livre que a escola oferece. Eles já eram utilizados pelos professores, mas, a partir do retorno das aulas, esse uso será definido dentro de um cronograma para ampliar ainda mais a presença dos alunos em um ambiente bastante arejado. Esse documento interno estará de acordo com todas as legislações pertinentes”, explica a professora, pedagoga e diretora da Escola Alfa, Lúcia Thomaz.
Além do protocolo, a escola também está passando por intervenções físicas, como a ampliação na praça de alimentação, que irá contribuir para o distanciamento nas horas das refeições, inclusive dos alunos do integral, que fazem imersão no inglês durante o contraturno, numa parceria com a Sigma School.
Toda essa preocupação e cuidado levaram Henrique Figueiredo Daumas a não pensar duas vezes sobre qual seria a melhor escola para seu filho. Ex-aluno da Alfa, Henrique afirma que um dos diferenciais da escola é esse estímulo à integração social, sem descuidar de primar pela individualidade de cada um, o que fez com que ele, até hoje, 21 anos após sair da Alfa, preservasse várias amizades construídas lá. “A Alfa tem essa metodologia de ensinar a criança a pensar, a chegar no resultado por ela mesma, garantindo uma base sólida de conhecimento que você leva para a vida toda”, revela o engenheiro de produção que é pai de Guilherme Daumas, de 8 anos. 
Graziella Mélis é mãe de João Paulo Mélis Endlich, de 9 anos. Ela conta que a proposta pedagógica e a metodologia de ensino foram determinantes para a mudança de escola do filho há três anos. “As melhorias para ele foram perceptíveis logo no início. Eu vi meu filho muito mais envolvido, interessado e responsável. Além disso, podemos contar com uma escola muito parceira da família, que se fez muito presente nesse período de pandemia que estamos passando”, pondera Graziela, que é professora e reconhece a importância de todos esses fatores para o desenvolvimento sadio das crianças.

Valorizar o contato com a natureza também é promover saúde
A Escola Alfa acredita nos benefícios de uma educação que vá muito além das paredes de sala de aula, por isso, estimula que seus alunos aproveitem os espaços livres que a instituição oferece, o contato com a natureza e a promoção de experiências que trazem saúde física e mental. A coordenadora do programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, no Rio de Janeiro, Laís Fleury, reforça que esse cuidado será ainda mais necessário depois do retorno às aulas presenciais.
A natureza e os espaços ao ar livre são uma forma de conexão natural com as crianças, elas se sentem naturalmente convidadas a correr, a brincar, a se movimentar. Por isso, é muito importante que as escolas, nesse planejamento de reabertura, considerem esses espaços para que as crianças possam ter tempo de estar nesses lugares, principalmente, depois de tanto tempo de confinamento”, reflete Laís, cujo trabalho busca estimular o crescimento e desenvolvimento das crianças em contato direto com ambientes naturais, principalmente as que estão inseridas em contextos urbanos.
Laís ressalta ainda os benefícios cognitivos e físicos que o contato com a natureza oferece. “Além dos benefícios naturais que o contato com a natureza permite, nesse momento de pandemia, isso passa a ter um valor ainda maior, devendo ser incorporado às diretrizes do planejamento escolar, até mesmo como uma medida sanitária. Em 2019, nós lançamos um manual escrito por nós do Instituto Alana com a Sociedade Brasileira de Pediatria, que mostra, com todo o respaldo científico, os benefícios da natureza no desenvolvimento de crianças e adolescentes, seja no processo de aprendizado com estímulos cognitivos até mesmo às questões de saúde, com as contribuições para o sistema imunológico. Ou seja, estamos falando da adoção de hábitos que devem ser inseridos no contexto escolar e também fora dele, uma vez que trazem impactos diretos na qualidade de vida das crianças”, conclui.


 

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