Das brincadeiras do parque de diversão à representatividade cultural no Brasil e no exterior: artista constrói uma trajetória brilhante como ator, empresário e produtor cultural
O cenário teatral sempre foi uma terra fértil para talentos que buscam expressar suas emoções mais profundas nos palcos da vida. Nesse cenário, surge Aldebaran Bastos, um nome que se destaca pela versatilidade e paixão pelas artes. Filho de empresários de parques de diversão, Aldebaran, que nasceu em Campos, cresceu nesse universo da alegria e da descontração dos parques itinerantes, que levavam alegria e diversão às cidades.
“Sempre estive inserido ali com eles, viajando, porém eles não queriam que aquilo fosse o meu destino e da minha irmã. Meus pais incentivaram muito para que nós estudássemos e tivéssemos uma profissão. Cheguei a trabalhar em muitos lugares, mas sentia que não me encaixava naquilo”, conta.Aos 19 anos, já morando em Macaé, enfrentou a dura perda dos seus pais e encontrou no teatro, com aulas ministradas por Valter Vilar, uma nova forma de expressão e superação. Sua estreia nos palcos foi com a peça “As Tranças de Tutinha”, de Márcio Gonçalves, marcando o início de uma carreira promissora e diversificada. “Eu chego a me emocionar quando lembro pois, naquela época, tive muitos problemas. Estava perdido, abandonado, sem referência de pai e mãe. E como tudo é momento, naquele, a arte transformou não só a minha vida como a vida de todos que estavam ao meu redor. Hoje eu trago isso como missão para mim”, pontua.Além de atuar em inúmeros espetáculos que o levaram a diversas cidades do Brasil, Aldebaran também trabalhou na produção em um festival de música no exterior, o “Sud a Sud”, organizado por Totonho Villeroy, que levou cantores renomados da MPB para o sul da França, como Milton Nascimento, Lenine, entre outros.
Sua capacidade de criar e inovar foi evidenciada na performance durante o lançamento da primeira edição da Divercidades. Aldebaran e sua trupe criaram uma performance com os convidados, que eram fotografados interagindo com vários objetos, com a logo da revista em um backdrop ao fundo. Ali, sem perceber, anteviu o universo da era das redes sociais e a relação das pessoas com a fotografia.Os projetos culturais de Aldebaran são diversos e impactantes. Por meio da sua empresa, a Gaia Arte Entretenimento, fundou o “Bloco do Benê”, que continua ativo no Carnaval de Macaé, há 15 anos, e o Festim – Festival de Esquete, que já está em sua sétima edição. O projeto “Enem Aí para Você - Literatura em cena” é uma iniciativa sociocultural que leva até as escolas a encenação de obras literárias consagradas, com o intuito de democratizar o acesso e desmistificar os grandes clássicos da literatura brasileira para jovens do Ensino Médio. Além disso, ele foi fundamental para o retorno aos palcos da encenação da Paixão de Cristo, em 2022, atuando como diretor e produtor após um hiato de 10 anos. “Isso demonstra, acima de tudo, minha paixão por Macaé e por acreditar que a cidade tem um grande potencial de absorver toda essa veia artística”, ressalta.Na televisão, Aldebaran Bastos também deixou sua marca, participando como ator convidado em 14 novelas da TV Globo, muitas vezes como antagonista, contracenando com grandes nomes como Marco Nanini e Reynaldo Gianecchini.
O futuro de Aldebaran é tão promissor quanto seu passado. Ele e Júnior Moreno estão na montagem teatral do projeto “Teatro para Todos”, que leva arte e outras expressões culturais aos jovens carentes de Macaé com incentivo da Lei Paulo Gustavo. Também assina a direção da peça “Assopra” com Simone Kalil e na direção do espetáculo “Querido Pastor”, escrita por Fabrício Bittencourt. Cada um desses projetos reflete seu compromisso com a arte e a cultura.Aldebaran Bastos é, sem dúvida, um artista que transcende os palcos e deixa uma marca indelével por onde passa. Seja no teatro, na televisão ou em projetos culturais, este artista continua a brilhar, levando consigo o espírito indomável de um verdadeiro talento. “Sou muito grato a Deus por ter colocado pessoas importantes na minha vida, que contribuíram para minha formação, como: Valter Vilar, Márcio Gonçalves, Ely Peron, Beth Soutomaior, Érica Mendes e toda a minha equipe, fundamental para a realização dos meus projetos. Nesses 28 anos de carreira, ainda tenho muitos sonhos e certeza que irei alcançá-los, através do poder transformador da arte”, finaliza.
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