Os secretários de Defesa Civil, Luciano Castilhos e de Habitação, Alessandra Aguiar, se reuniram na noite desta quinta-feira (9), com as famílias que moram às margens da orla do bairro Fronteira. O encontro que aconteceu no salão da Paróquia São Pedro, teve como objetivo orientar os moradores sobre o risco iminente de fortes ondas no local, tendo como consequência o desabamento dos imóveis.
De acordo com Castilhos, nas últimas semanas, o monitoramento da área tem sido permanente, devido à previsão de ondas de até quatro metros. "Quando o mar avança pode causar estragos significativos e até mesmo colocar a vida das pessoas em risco. Além do trabalho diário, estamos aqui hoje para conversar com essas famílias e orientá-las sobre os perigos de permanecerem no local", frisou.
Os agentes da Defesa Civil percorreram as residências e 59 famílias receberam o laudo de interdição de seus imóveis. A secretária de Habitação, Alessandra Aguiar, apresentou o projeto de Aluguel de Emergência e os critérios para ingressar no programa federal Minha Casa, Minha Vida, que funciona em parceria com a prefeitura. "Sabemos do vínculo destas pessoas com o bairro, mas a nossa proposta é que repensem sobre os perigos de morar em uma área de risco. O município hoje possui um dos maiores programas habitacionais do Estado do Rio de Janeiro", disse.
Alessandra acrescentou que há uma preocupação do prefeito, Dr. Aluízio, em incluir as famílias do bairro Fronteira que estão em área de risco no Programa Minha Casa, Minha Vida. "Essa não é nem uma questão de ação judicial que obriga o município a remover essas famílias, mas sim um compromisso moral do governo em proporcionar uma vida digna e tranquila para essas pessoas", destacou.
Para dar entrada no projeto Aluguel de Emergência, as famílias devem procurar a sede da Secretaria de Habitação, levando o laudo de interdição, documento de identidade, CPF e certidão de nascimento ou casamento. As família também serão cadastradas no Programa Minha Casa, Minha Vida e terão seus dados avaliados pelo Banco do Brasil.
A doméstica, Ana Maria Gomes, 58 anos, mora há 35 na orla da Fronteira. "A proposta da prefeitura é bem-vinda, pois se há risco é melhor sair. Hoje a distancia entre a casa e o mar é bem pequena, já recebemos o laudo de interdição. Quando o mar está agitado, eu e minha filha não conseguimos dormir, ficamos vigiando as ondas", falou.
Mais informações podem ser fornecidas na sede da Secretaria de Habitação na Avenida Marechal Rondon, 390, Miramar (antigo Barracão da prefeitura) ou pelo telefone 2796-1782. Em caso de perigo, a população pode acionar a Defesa Civil pelo número 199.
Informações da prefeitura de Macaé
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