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Cresceu em 20% o número de microempreendedores, em Macaé

qua, 18/05/2016 - 10:55 -- Leila Pinho
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Fotos: Alle Tavares
homem fazendo lanche saudável simples e caseiro macaé

O número de Microempreendedores Individuais (Mei) formalizados, em Macaé, cresceu nos últimos 12 meses, em 20%. Em abril do ano passado, havia na cidade um total de 8.822 Meis e em abril deste ano, a soma chegou a 10.615.

Segundo Gilberto Soares, gerente regional do Sebrae Norte Fluminense, em período de recessão econômica, muitas pessoas abrem negócios por falta de opção no mercado de trabalho, o que é chamado de empreendedorismo por necessidade. Trabalhadores que ficaram desempregados ou famílias que viram suas rendas caírem, encontram formas alternativas de gerar renda, vendendo alguma coisa. No Brasil, o número de desempregados já ultrapassa os 11 milhões.

Foto: Appreciate

food bike de docesPara Kelly Paiva, 30 anos, o empreendedorismo surgiu logo após a demissão, em 2013. Ela trabalhava em um banco e depois de ficar desempregada optou por investir no negócio próprio. O namorado dela, Alex de Freitas Saidler, de 26 anos, também enfrentou dificuldades no mercado de trabalho. Alex tinha acabado de se formar em engenharia, no final de 2013 e logo em seguida viajou para o Canadá. Quando voltou ao Brasil em 2014, já não conseguiu emprego. Por isso, ele apoio Kelly e entrou no negócio da Mirabolando Cakes (food bike de doces) como sócio. “Sempre gostei de culinária. A ideia de fazer doces é por influência da minha mãe. Quando comecei, vendia só para os vizinhos e os amigos, mas, fui me aperfeiçoando, fazendo cursos e cresci assim”, fala a microempreendedora.

Em novembro do ano passado, Kelly se formalizou porque comprou a food bike e precisava dar entrada em processos burocráticos para regularizar o negócio, ter permissão dos órgãos públicos, etc. “Além disso, tem outros benefícios como comprar direto do fornecedor com preço melhor”, diz Kelly.  A formalização foi realizada pela internet, no Portal do Empreendedor.

Na história do casal Bruno Ramos Henriques, de 34 anos, e de Lara Poteny, de 33, a iniciativa comercial surgiu por indução dos clientes. Lara, que é funcionária do ramo da indústria do petróleo, tinha o hábito de levar, para o trabalho, lanches saudáveis que ela e o marido preparavam. Os colegas começaram a pedir que ela fizesse para vender.

Antes de investir nesse ramo, Bruno trabalhava embarcado como técnico em mecânica e elétrica. Quando ele ficou desempregado, decidiu apostar no negócio próprio. Lara ajuda o marido nas horas que pode, já que continua empregada. “Pra gente, os lanches eram o plano B e virou o plano A quando a demanda cresceu e as opções de emprego foram ficando escassas”, conta Bruno.

Em abril de 2015, eles se formalizaram e abriram a Simples e Caseiro. Atualmente, a empresa fornece lanches para estabelecimentos de Macaé, além de fazer venda direta ao consumidor.

sanduíche natural sendo montadoBruno acredita que existe espaço para crescer, mesmo na crise, e, já planeja dar um novo passo. “Já compramos um food bike para vender nossos produtos e estou buscando as autorizações para andar nas ruas”, fala.

Para Gilberto Soares, o mercado da alimentação é um dos mais atrativos para os microempreendedores porque é uma das maneiras mais fáceis de começar, já que muitas pessoas sabem cozinhar. Porém, ele faz ressalvas para alguns erros frequentes que podem levar o negócio a não vingar. “As pessoas precisam entender o cenário atual. Macaé vive um esvaziamento populacional, ou seja, há menos pessoas para consumir. A falta de conhecimento específico sobre o negócio e a falta de planejamento é o que mais leva ao fracasso”, diz.

O gerente geral do Sebrae indica aos empreendedores investir em um bom planejamento, buscar informações sobre empreendedorismo, fazer pesquisas e procurar apoio do Sebrae. Em Macaé, o Sebrae atende em dois pontos: na Casa do Empreendedor que fica na Avenida Agenor Calda, 261, Imbetiba e, na Associação Comercial de Macaé (Acim) localizada na  Avenida Rui Barbosa (calçadão), 270, Centro.

Comparação de crescimento nos últimos três anos

Os dados de 2013 a 2016 revelam que o número de formalizados, na cidade, está crescendo menos. A desaceleração foi progressiva desde 2013. No período de 2013 para 2014, o crescimento foi de 33%, já de 2014 para 2015, o índice teve aumento de 23%. 

Segundo o gerente geral do Sebrae, a atual crise e cenários de incertezas na economia podem ser alguns dos motivadores para que menor número de empreendedores estejam se formalizando. Com o aumento do desemprego, muitos trabalhadores passam a cogitar a abertura de um negócio para se sustentar. Sobre isso, Gilberto faz um alerta. “Um conselho que dou, principalmente, para pessoas desempregadas que receberam suas indenizações e desejam investir num negócio é que reflitam muito e façam um planejamento antes de tomar qualquer decisão”, diz.
 

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