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Posto Príncipe 50 anos

seg, 21/03/2022 - 16:58 -- Divercidades
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A fachada do Posto Príncipe

Edição nº 58/Outubro 2021
Texto: Juliana Carvalho

Há cerca de 50 anos, a família Tannus Fonseca chegava em Macaé. O jovem Leônidas Antônio da Fonseca, nascido na pequena cidade de São Benedito, como ele contava orgulhoso, tinha acabado de pedir demissão de um banco estadual em Bom Jesus do Itabapoana e vislumbrava no município macaense uma oportunidade para colocar em prática toda sua vocação nata para o comércio. O Posto Príncipe se tornou, ao longo dos anos, um caminho de oportunidades e prosperidade em uma história que se mescla com o boom do desenvolvimento de Macaé, amparada pela chegada da Petrobras na década de 1970.Grande companheira de vida, que compartilhou 60 anos ao lado de Leônidas, Regina recorda, emocionada, dos momentos ao lado do marido. “Nós vivemos o momento de mudança da cidade. Chegamos em Macaé em 1971, anos depois chegaria a Petrobras impulsionando o desenvolvimento. E a gente participou dessa história, já que o posto abastecia várias empresas. O Leônidas sempre muito envolvido, participava de tudo. Ele tinha realmente uma paixão pelo posto, eu costumava brincar que o meu rival era o posto”, conta Regina, ressaltando que mesmo sem ter necessidade, o marido fazia questão de ir ao posto todos os dias e continuar trabalhando.
Em junho de 2020, Seu Leônidas celebrou 80 anos. Em dezembro do mesmo ano, a família sentiu o baque da sua morte, mas encontra nas sementes de amor, honestidade e tantas outras, a força para seguir com a união e alegria que ele tanto prezava. “Ele era um homem fantástico, como marido, pai, avô e amigo. Um apaixonado pela vida, pela família e que acabou se apaixonando também por Macaé, cidade que nos acolheu de braços abertos e nos deu tantas oportunidades”, ressalta Regina.

Léo, Anna Paula e Juliano - frutos do amor de Seu Léo e Dona Regina
Os filhos: Léo, Anna Paula e o caçula Juliano foram crescendo envoltos pelo dinamismo do pai, que conduzia o negócio sem abrir mão de desfrutar da companhia da família que, anos mais tarde, cresceria ainda mais com a chegada dos netos: Thales, Ester, Sarah, Leon, Thor e Gael.
Sempre ouvi meu pai contar que estava em dúvida entre uma farmácia em Niterói e um posto de gasolina em Macaé. Acho que sua intuição para bons negócios o ajudou em sua decisão e, pouco tempo depois, estávamos todos aqui na  cidade. Meu pai era um ‘gozador’ nato. Trotes telefônicos, pegadinhas, planos mirabolantes... todos que o conheciam sabiam disso, mas caíam em suas brincadeiras mesmo assim... ele era uma figuraça. Com o príncipe Leônidas, aprendi naturalmente, sem fazer nenhuma força, valores como ética, caráter e honestidade”, pontua o primogênito, Leônidas Júnior.“O dia que meu pai colocou os pés em Macaé para iniciar esse novo projeto de vida foi no dia do meu aniversário: 19 de outubro, data que se tornou ainda mais marcante para mim. Falar do meu pai é falar de simplicidade, honestidade, humildade, amor e bom humor. Cresci vendo meu pai como esse exemplo de um cara que corre atrás dos seus sonhos. Chegamos aqui em Macaé sem nada, sem conhecer ninguém e, mesmo sem ter feito faculdade, ele já tinha uma característica empreendedora e conseguiu ter êxito em seus planos, sempre com muito pé no chão”, destaca Anna Paula.
Uma característica marcante do meu pai é que ele sempre queria a família por perto. Lembro que, quando eu era pequeno, ele mandou fazer uma mesa do meu tamanho e colocou ao lado da dele no escritório. Ele tinha orgulho em ter a gente no trabalho, vendo o que ele fazia, uma prática que repito hoje com meus filhos. Meu pai também era uma pessoa leve que levava essa atmosfera para o ambiente de trabalho, tanto que muitos funcionários do Posto Príncipe começaram lá bem novos e só saíram quando se aposentaram. Todo esse exemplo e motivação me influenciaram e fizeram com que eu tivesse esse propósito na vida, o de ser um orgulho para os meus filhos, assim como meu pai foi para mim”, afirma Juliano.

Seu Léo - Um legado de amor e amizade
Um grande bom amigo”. É assim que muitos que tiveram a oportunidade de conviver com Seu Léo o descrevem. Ao longo dos anos, a jornada no Posto Príncipe foi marcada por histórias de amizades que começaram exatamente ali. O taxista Paulo de Souza é um deles. Aos 81 anos, ele continua na ativa exercendo a profissão e se recorda com saudade do tempo em que o amigo Léo deixava que o carro dele ‘dormisse’ no posto porque sua casa não tinha garagem. “Ele era assim, um homem que se preocupava e se importava com os outros. Nossa relação era muito próxima, fui uma das primeiras pessoas que ele conheceu em Macaé. Sempre uma pessoa muito alegre e disposta a ajudar os outros”, revela.Caroline Vasconcellos trabalha no Posto Príncipe há 19 anos e afirma que os ensinamentos deixados por Leônidas servem de base para todos os funcionários, tanto no relacionamento interno quanto no tratamento com os clientes. “Acabamos por nos tornar grandes amigos. Seu Léo tinha um jeito único de lidar com as pessoas e isso é algo que cativa e marca. Aqui no posto, ele sempre fez questão de que cada funcionário se sentisse não como parte de uma empresa, mas de uma grande família”, garante.
Os 50 anos do Posto Príncipe chegam com a certeza de que mais do que se empenhar na construção de um negócio, a vida de Leônidas da Fonseca deixa um legado de perseverança e dedicação naquilo que se acredita e ao amor, compartilhado por todos que tiveram o privilégio da sua convivência: família, amigos, companheiros de trabalho e clientes. 

POSTO PRÍNCIPE
Av. Rui Barbosa, 693 - Centro - Macaé/RJ
Tel.:  22 2762-1870 

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