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Raio X da Lagoa de Imboassica

seg, 01/12/2014 - 11:29 -- Leila Pinho
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Foto feita com Drone - por André Garcia da Tripé Filmes
lagoa de imboassica e praia do pecado

Poucas cidades têm entre seus mais belos cartões-postais a incrível paisagem de lagoa lado a lado com o mar. Em Macaé, a Lagoa de Imboassica imprime esse retrato na retina ocular e afetiva dos que vivem na cidade ou, simplesmente, vêm a passeio ou a trabalho. É difícil não se tocar com o esplendor da natureza. Deve ser por isso que o espetáculo do pôr do sol na lagoa parece ganhar plateia cada vez maior. Quem passa perto dos quiosques nos ensolarados fins de semana ou ao entardecer, nos dias úteis, nota como o lugar está sendo mais frequentado.

Por um lado, a observação superficial a olho nu mostra a beleza. Mas, se fosse possível mergulhar dentro desse corpo hídrico com uma lupa, a imagem vista seria bem diferente e retrataria águas turvas e muito lodo. Nesta reportagem especial, a revista DiverCidades propõe ir no fundo da Lagoa de Imboassica para trazer à tona o diagnóstico da qualidade da água. Para contar essa história foi fundamental ouvir o órgão público, a universidade e a sociedade civil.

Histórico de descaso, abandono e poluição

Foto Alle Tavares

mauricio mussi molisani no laboratório do nupem macaéO crescimento populacional e a habitação das áreas no entorno da lagoa, sem planejamento, trouxe graves consequências ambientais para esse importante recurso hídrico, tornando-o poluído. A principal causa foi o despejo de esgoto.

Historicamente, Macaé sempre sofreu com a falta de saneamento básico. Segundo informações da Prefeitura de Macaé, até janeiro do ano passado, o município sustentava o vergonhoso número de 0% de coleta e tratamento de esgoto. Isso significa que, nos bairros próximos, tudo que entrava nos canos da cozinha, do banheiro e da área de serviço das residências tinha como destino certo o belo cartão-postal. Foram muitos anos de lançamento de efluente in natura.

Segundo explica o professor Mauricio Mussi Molisani, pesquisador do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nupem/UFRJ), a própria lagoa é capaz de transformar determinada quantidade de matéria orgânica de maneira a não interferir na qualidade da água. Os peixes e plantas aquáticas, por exemplo, se alimentam dessa matéria.

Porém, o quadro fica complicado quando o volume de dejetos ultrapassa certo limite. “Com cada vez mais gente morando na bacia hidrográfica da lagoa e jogando nela o esgoto não tratado, começou a ocorrer o acúmulo de matéria orgânica e isso provocou uma mudança na composição química da água”, afirma Mauricio. 

O Nupem/UFRJ faz a análise da água da Lagoa de Imboassica, levantando diversos parâmetros ambientais que fornecem um retrato da saúde do recurso. A avaliação funciona como um diagnóstico do corpo hídrico, além de indicar como estão suas condições sanitárias e de balneabilidade.

A análise leva em conta a medição de alguns nutrientes como o nitrogênio. A matéria orgânica presente na água é transformada em componentes químicos como o nitrogênio e o fósforo. Por isso, de acordo com o pesquisador, medir o nitrogênio funciona como indicador da qualidade da água. Assim, a alta concentração de nitrogênio equivale à grande quantidade de esgoto.

Um estudo feito pelo Nupem, entre os anos de 1992 e 2002, revelou que, a partir de 1998, a quantidade de nitrogênio aumentou consideravelmente. “Nessa época, houve uma mudança brusca em parâmetros de qualidade da água. A partir de 1999, ocorreu algo que mudou a condição da lagoa”, esclarece Mauricio. O professor acredita que o aumento da taxa de ocupação urbana nos bairros próximos pode ter provocado a alteração, devido ao acúmulo de esgoto na lagoa.

Foto Alle Tavares

marcos mufarreg diretor presidente da Esane

Impacto do tratamento

 

É fato perceptível, a qualquer cidadão, que a Lagoa de Imoassica sofre com anos de degradação. Porém, um recente capítulo histórico da cidade está apontando cenário bem mais animador.

É que, desde 2013, entrou em funcionamento a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Mutum, na região sul da cidade. Por meio de Parceria Público Privada (PPP), o município de Macaé fez uma concessão de 30 anos para a Odebrecht Ambiental S/A operar o serviço de saneamento básico, com fiscalização da Empresa Pública Municipal de Saneamento, a Esane.

A ETE do Mutum tem capacidade para tratar 40 litros por segundo e recebe o efluente oriundo dos bairros Mirante da Lagoa, Jardim Guanabara, toda a Praia do Pecado que contempla os bairros Morada das Garças e Vivendas da Lagoa, parte do São Marcos, Cavaleiros e Praia Campista.  “A ETE do Mutum é o que se tem de mais avançado em tratamento de esgoto no Brasil”, afirma o diretor Presidente da Esane, Marcos Muffareg.

Segundo ele, grande parte do lançamento de esgoto doméstico foi reduzida após o funcionamento da estação. Nos dois módulos da ETE, o esgoto passa por vários processos. A estação reproduz o processo natural de transformação da matéria orgânica, porém de forma muito acelerada. Os módulos realizam desde o tratamento primário, com remoção de sólidos grosseiros, até a fase (última) de desinfecção, que elimina por meio de raios ultravioletas os micro-organismos causadores de doenças.  Após passar por todos os procedimentos, o esgoto tratado volta como água limpa para a Lagoa de Imboassica.

“O último dado mostra que esse efluente está saindo com 98% de eficiência. Posso até chamar isso de água e não mais de esgoto. Significa que, de todo o esgoto que recebemos no Mutum, conseguimos remover 98% da carga orgânica, nitrogênio e fósforo. Isso resulta num efluente muito clarificado”, fala Marcos Muffareg.

A  parte que cabe à população

A coleta e o tratamento de esgoto do subsistema Mutum solucionam a principal causa de poluição da lagoa. Porém, de nada adianta a estação funcionar se os moradores não ligarem suas residências à rede coletora. Embora os bairros do subsistema Mutum já possuam rede coletora, nem todos os domicílios estão ligados. 

Foto Alle Tavares

amostras de coleta da água de tratamento de esgoto da ete mutum de macaé

A ligação da casa à rede pública de esgoto é uma responsabilidade do usuário, conforme dispõe o Decreto 070/2014. O morador que não liga sua residência está contribuindo para sujar, ainda mais, o corpo hídrico. E quem não cumpre a norma, após o prazo estabelecido no decreto, pode ser multado a partir de um salário mínimo por mês.

De acordo com os dados da Esane, 50% dos domicílios do subsistema Mutum ainda não foram ligados. Entre os bairros, o Mirante da Lagoa é o que possui maior percentual de adesão com 79% das residências ligadas. A Praia do Pecado fica em segundo lugar com 60% de ligações, seguida dos Cavaleiros e Praia Campista com 50%, São Marcos com 37% e Jardim Guanabara com 21%.

A dona de casa Márcia Buys, 48 anos, mora no Mirante da Lagoa. Ela conta que recebeu a notificação para ligar seu imóvel e cumpriu com a obrigação. “Ligamos a nossa residência há pouco tempo. A gente via alguns moradores do Mirante resistirem a fazer a ligação, acredito que muito por causa da descrença no poder público. A gente ficava sem saber se aquilo era sério ou não”, conta Márcia.

Foto Alle Tavares

marcia, rebeca e fred

O diretor presidente da Esane afirma que, depois dos moradores do Mirante serem notificados sobre o prazo para ligação à rede e ficarem cientes do valor da multa, a adesão teve aumento significativo. Em um mês, o número de ligações aumentou de 30% para cerca de 80%, no bairro.

Marcos Muffareg alerta que as ações para mobilizar a população ainda estão em andamento. “O trabalho do ‘Se Liga’ que estamos fazendo em conjunto com a Odebrecht para incentivar as pessoas ainda não foi concluído. Tem muita gente que ainda está lançando esgoto na lagoa. Há condomínios fazendo o despejo in natura, como é o caso do Vale dos Cristais”, diz Marcos Muffareg, da Esane.

Qual a solução para o acúmulo de esgoto?

Importante passo para combater a causa da poluição já está em funcionamento. Com a ligação dos domicílios, menos dejetos são lançados na lagoa. Agora, é preciso olhar para o problema do passado e planejar ações que resolvam o efeito causado pelo despejo de esgoto ao longo dos anos.

Foto Alle Tavares

gerson martins

“Do ponto de vista dos parâmetros químicos de análise da qualidade da água, a gente ainda não vê melhora nenhuma. E isso é óbvio porque é muito recente o funcionamento da ETE do Mutum. O negócio não é uma mágica. Temos muito tempo de acúmulo de resíduos que ainda liberam nutrientes, além do esgoto não tratado que ainda é lançado na lagoa e, inclusive, no Rio Imboassica”, pontua Mauricio.

Para o pesquisador do Nupem, algumas medidas deveriam ser tomadas como o ordenamento de ocupação da bacia hidrográfica da Lagoa de Imboassica, a revitalização do Rio Imboassica, a retirada do excesso de plantas aquáticas e a dragagem dos sedimentos enriquecidos em esgoto do fundo da lagoa.

A técnica é usada para retirar material do fundo de corpos d’água. “Para executar a dragagem, nós teremos que fazer a integração entre Macaé, governo do estado, o Nupem e Rio das Ostras (já que a Lagoa de Imboassica e o Rio Imboassica, afluente da lagoa, estão na divisa entre Macaé e Rio das Ostras). Acredito que a dragagem seja mesmo a solução, mas precisaremos ver qual tipo seria melhor. É necessário envolver todos os órgãos para discutir isso”, afirma o Secretário Municipal de Ambiente, Gerson Martins.

De acordo com Gerson, só depois que grande parte dos domicílios se ligarem à rede coletora de esgoto do subsistema Mutum é que a retirada de sedimentos da lagoa poderá ser feita. Ainda não existe um prazo para a realização da dragagem, mas ela já é considerada no planejamento de ações ambientais para os próximos anos.

A mudança pela ótica do uso social

Foto Gianini Coelho

quiosque math point lagoa de imboassica cheio de gente

O inspetor de solda Carlos Frederico Buys, 55 anos, mais conhecido como Fred, e Márcia Buys são casados e têm uma ligação especial com a Lagoa de Imboassica. Eles amam o contato com a natureza e privilegiam a saúde e qualidade de vida. Ele, ex-atleta profissional e praticante de vários esportes e ela, que já foi personal trainner, moram no Mirante da Lagoa, de frente para as águas, desde 2005. Para Márcia, abrir a janela do quarto pela manhã e se deparar com a lagoa é inspirador. Os dois praticam esporte. Ele rema e faz Stand Up Paddle e ela pratica canoa havaiana e, às vezes, Stand Up. 

Quando o casal foi morar no bairro, sentia um mau cheiro constante. Hoje, eles percebem as mudanças. “Alguma coisa, de fato, está melhorando. Não tem mais odor de esgoto perto da nossa casa”, fala Fred. “Antigamente, quando o Fred ia remar e tirava a roupa para colocar no tanque, o cheiro era muito ruim, era fedor de esgoto. Hoje, a roupa usada na lagoa já não tem mais cheiro”, fala Márcia.

É nas atividades de esporte e lazer que Fred conhece trechos da lagoa inexplorados pela maioria. “Quando eu entro no canal das Pedrinhas parece que estou longe da civilização, me sinto entrando num portal. Dou muita carona pra peixe (risos), de tanto que eles pulam na prancha. Vejo lagartos, gaviões e garças lindas”, conta Fred. Fred e Márcia estão esperançosos de ver a lagoa despoluída. “A gente vê os peixes pulando na lagoa. Ela está viva. Antes, a gente não tinha perspectiva de melhoria e agora estamos tendo até pedalinho. Sentimos que ela está começando a revigorar”, diz Márcia. 
Foto Alle Tavaresclaudianne quiosque math point de macaé
 
A gerente administrativa do Quiosque Match Point, Claudianne Antero, sente, no dia a dia, que as pessoas estão aproveitando mais todos os atrativos do lugar. “Os clientes dizem que está melhorando e tem mais diversão. As pessoas têm falado bem e dito que não tem mais cheiro de esgoto e nem muito mosquito”, conta Claudianne. Segundo ela, o movimento no Match Point está aumentando em relação ao ano passado. O quiosque promove shows de sexta-feira a domingo, a partir das 16h. Ela afirma que chega a atender, em média, 600 pessoas em um dos dias do fim de semana. 
 

Uma novidade que tem levado muitas famílias de Macaé a passear no lugar é o pedalinho. Desde setembro, os sócios Josias Caldeira Filho, Edilson Paes Tavares e Valério Aniceto Kira da Silva estão comercializando o passeio com pedalinho. Além deste, eles também alugam prancha de Stand Up Paddle, caiaque e dão aula de kite surf. “Nós começamos com quatro pedalinhos, mas a procura foi tanta que compramos mais quatro”, fala Edilson. “Muita gente elogia dizendo que faltava atrativo assim. Temos clientes dizendo que estão resgatando a infância porque, há mais ou menos 20 anos, existia pedalinho na lagoa”, conta Josias.

A balneabilidade da Lagoa

Foto Alle Tavares

sócios do pedalinho da lagoa de imboassica de macaé“A limpeza da lagoa precisa estabilizar pra gente ter mais confiança no que está sendo feito. Quero ter certeza mesmo que está limpa e ver os testes sendo feitos e mostrados pra população”, fala Márcia.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) faz o monitoramento da balneabilidade das praias e da Lagoa de Imboassica, em Macaé. Após a análise da coleta da água, são divulgados boletins indicando se o recurso hídrico é próprio ou impróprio para banho. A amostra é colhida em um ponto, localizado próximo à Rua Amphilófilo Trindade. O órgão divulga dois boletins, a cada mês. No mês de outubro e no primeiro boletim de novembro, as coletas apontaram que a água está própria para banho. Até o fechamento desta edição da DiverCidades, o Inea ainda não tinha divulgado o resultado do 2º boletim de novembro.

A Secretaria de Ambiente de Macaé está realizando o mesmo trabalho desde o dia 18 de outubro de 2014. Os dois órgãos se baseiam nos critérios de balneabilidade previstos na Resolução 274 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Porém, o órgão municipal faz a coleta em três pontos, uma vez por semana. Segundo explica Gerson Martins, em todas as quatro primeiras medições realizadas nos três pontos da Lagoa de Imboassica o resultado foi próprio para banho.

Além da informação da balneabilidade ser divulgada pela imprensa e ficar disponível no site das instituições ambientais, há uma placa afixada nas margens da lagoa, baseada nos testes mais recentes, que sinaliza se a água é própria ou imprópria para banho.

Projetos futuros

Foto Gianini Coelho

pedalinho na Lagoa de ImboassicaA mesma transformação ocorrida na orla dos Cavaleiros, este ano, com a reconstrução do calçadão, abertura de ciclovias, entre outras coisas, pode acontecer também nos arredores da Lagoa de Imboassica. Conforme explica o Secretário de Ambiente, Gerson Martins, além do tratamento de esgoto, outros trabalhos, como a fiscalização ambiental nas indústrias, estão sendo feitos. O órgão está planejando várias ações por meio de um macro projeto para despoluição da lagoa, como revitalização das nascentes do Rio Imboassica e do Canal do Mulambo.

“Nós queremos fazer um levantamento técnico junto aos órgãos de estudo da lagoa para estimular a reversão do atual processo de degradação, através do aumento da troca da água entre o mar e a lagoa. Até porque, uma das principais características das lagoas costeiras, que é o caso da de Imboassica, é a sua comunicação com o mar”, afirma o secretário.

Outro item importante é o reordenamento do uso da lagoa, que vai implicar em novas normas sobre a utilização geral desse recurso hídrico, como por exemplo, regulamentar quais atividades esportivas serão permitidas e quais proibidas, quais serão as regras para atividades de entretenimento, etc. Além disso, ações de reurbanização também serão contempladas no planejamento.

“Uma das coisas previstas é aumentar o cinturão de ciclovia. A ideia é interligar a Lagoa de Imboassica ao Mirante da Lagoa. Também vamos usar um novo conceito de calçamento e de quiosques. Existe um projeto, em análise, para remodelação de todos os quiosques e parte de integração de todo o calçamento da lagoa e seu entorno”, adianta Gerson.

O desejo de milhares de moradores de Macaé é ver a preservação desse corpo hídrico tão importante para a cidade. A população anseia em ocupá-lo para se divertir, interagir com a natureza, tomar banho nas suas águas e ver o local receber a valorização e cuidado que merece: ambiental, social e urbanístico.

“Nosso sonho é isso aqui estar urbanizado, com ciclovia, tipo como é na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio. Queremos vê-la preservada, bem cuidada, até porque, isso também atrai mais pessoas”, fala Josias, do pedalinho. “A lembrança mais feliz da minha infância é da minha família tomando banho na Lagoa de Imboassica. Eu via o meu pé de tão limpa que a água era. Espero que isso volte porque tenho um sobrinho e desejo muito isso pra ele. Hoje, a lagoa é minha ferramenta de trabalho e quero de coração, que isso volte a acontecer”, fala Claudianne, do Quiosque Match Point.

É consenso, entre todas as partes ouvidas na matéria, que a revitalização da Lagoa de Imboassica é uma necessidade real para a cidade: pesquisadores, poder público, empresários, moradores do seu entorno ou os que fazem dela, seu local de lazer. Estamos esperançosos para que os fins de tarde, que vêm encantando a todos, possam brilhar além da foto, na qualidade de suas águas e do seu ecossistema devidamente recuperado e preservado.  

 

Esta matéria foi originalmente publicada na Revista DiverCidades (impressa) edição de Fim de Ano/ Verão 2014.

Acesse todo o conteúdo desta edição na versão digital

Comentários

Enviado por Marcia em
Boa noite estou no curso tec meio ambiente preciso para um trabalho de pesquisa estudos mais recentes. Como atualizar dados ref a qualidade e melhora da poluição da lagoa da Imboassica. Aguardo retorno.

Enviado por Divercidades em
Olá Marcia. Não sabemos te responder qual seria a fonte de pequisa de estudos mais recentes, mas a dica que podemos lhe dar é de procurar o Nupem (UFRJ). Como lá é um núcleo de pesquisa, você pode encontrar muitas informações úteis para o seu trabalho. Boa sorte!

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