Venda de artigos da Copa
A divisão entre torcedores animados e os que ainda não entraram no clima da Copa do Mundo gera reflexos no comércio de Macaé. Enquanto alguns lojistas estão vendendo razoavelmente bem os artigos e acessórios da Copa, outros reclamam da baixa procura. Falta menos de uma semana para a abertura oficial da Copa do Mundo 2014, que será no dia 11 de junho e, apenas sete dias para o Brasil jogar a primeira partida.
No box “Sem limite”, que vende eletroeletrônicos na Rodoviária de Macaé, poucos clientes estão levando para casa os produtos alusivos à competição mundial. O ponto vende de tudo um pouco. Tem camisa, cornetas e bandeiras do Brasil. O dono do comércio, Edmilson Campelo, acha que a população está desanimada. Para essa copa, Edmilson quase não comprou novos artigos com medo de ter prejuízo. Grande parte das mercadorias que estão à venda no box dele é da sobra de outras copas. “A venda está baixa. Quem vive do comércio sempre tem esperança de dias melhores, mas eu estou com medo de ter encalhe. Numa hora dessas, nas copas passadas já estava todo mundo no clima”, afirma Edmilson.
A estudante universitária Cris Bastos, de 41 anos, comprou bandeirinhas para enfeitar o trailer de churrasquinho que possui, mas não está empolgada com o evento esportivo. “Estou comprando porque é necessário para atrair o meu cliente e estou olhando bastante o preço. Não estou animada porque fico indignada com a situação que o país está”, fala Cris.
Na loja “Sempre Lar variedades”, que fica no calçadão de Macaé, a situação é diferente. Os consumidores estão mais dispostos a gastar. O gerente do estabelecimento, Gilberto Crespo Cordeiro, afirma que o movimento aumentou cerca de 25% em função dos acessórios da Copa. “A procura está boa, mas minha expectativa é que melhore ainda mais. Como a Copa vai ser no Brasil, a gente esperava um pouco mais. Estou sentindo que todo mundo vai deixar pra comprar os produtos de última hora”, diz Gilberto.
A atendente Daiana Alves, de 26 anos, já está no clima da competição. “Estou levando um enfeite de teto que vou colocar na área onde eu e minha família vamos assistir aos jogos. Vai ter churrasco e vamos reunir todo mundo. Vai ser uma festa e eu estou super animada, afinal de contas é Copa do Mundo e ainda por cima no Brasil.” A diarista Jocileia Nogueira Peçanha, de 43 anos, levou pra casa uma corneta com as cores verde e amarelo. “A buzinha é para o meu filho Davi. Já comprei uma camisa do Brasil também e faço isso só para agradar as crianças, eles gostam disso.”
A Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM) não tem dados sobre como está o desempenho da comercialização de mercadorias da Copa do Mundo, na cidade. Em muitos municípios do país, comerciantes tem reclamado de que a venda dos produtos está abaixo da expectativa. Há um clima de receio por conta das manifestações e da insatisfação popular com a prestação dos serviços públicos.