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Ressignificando a vida após vencer a batalha do cancêr

seg, 22/01/2024 - 15:21 -- Divercidades
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Foto Allê Tavares
Suzani Suelem de Souza, foi diagnosticada com câncer de mama aos 31 anos. Quando recebeu o diagnóstico, não se preocupou com a possibilidade da morte, mas como iria se aproximar do amor de Deus. Ela se agarrou à sua fé, que a sustentou em todo o processo do tratamento até a cura

O diagnóstico, o tratamento e os desafios da luta para vencer o câncer trazem muitos questionamentos e reflexões durante todo o processo, permitindo que o paciente possa rever e fazer novas escolhas a partir daquele momento, especialmente na forma de conduzir a vida. Mudam-se as perspectivas, apreciam-se as pequenas coisas, reaprende-se a viver e tudo parece ter mais sentido. As pessoas que suplantam a doença renascem, despertam e ganham uma nova chance de ressignificar a vida após o câncer.
Dr. Aunir Pereira Cameiro é especialista em Saúde Mental e destaca a importância dos pacientes se conectarem a algo maior, como a fé, para cuidar da alma e do espíritoO psicólogo clínico, Dr. Aunir Pereira Cameiro, especialista em saúde mental e doutor em psicanálise e teologia, explica que o momento da descoberta da doença vem acompanhado de muita dor e sofrimento, que configura um misto de dúvidas, como se o laudo representasse um atestado de óbito, o que gera muita angústia, ansiedade e medo.
“No momento do diagnóstico, é importante não nos preocuparmos com os porquês, mas sim, como se dará o tratamento até chegarmos à cura e, naturalmente, as respostas vão aparecendo. Se conectar a algo maior é outro processo bastante significativo ao tratamento, eu diria que a fé e a esperança são umas das ferramentas mais importantes, pois enquanto a ciência trata o corpo, elas cuidam da alma e do espírito, sendo os pilares de sustentação do paciente”, pontua Dr. Aunir, que atua no Instituto de Oncologia de Macaé – IOM.
Vanessa Florido e a realização do sonho de empreender
 Vanessa Florido conseguiu realizar o seu sonho de empreender, após vencer o câncer, com a abertura de um pet shop, onde exerce a profissão de médica veterinária, pela sua paixão pelos animais  A vivência do tratamento faz o paciente olhar para as dificuldades de maneira mais otimista, não deixar para amanhã o que se deseja fazer na vida, realizar seus sonhos e objetivos, como aconteceu com Vanessa Florido. Vanessa é macaense, médica veterinária e empresária. Tinha 30 anos quando descobriu um câncer de mama agressivo e, por ser muito jovem, a notícia abalou sua vida de forma drástica, pois estava vivendo uma de suas melhores fases.
Apesar do baque, Vanessa reuniu forças na família e amigos para dar a volta por cima, vencer a doença e realizar seu sonho de empreender. Após a cura, ela inaugurou a Pet Royale, um pet shop nos Cajueiros, onde exerce uma de suas grandes paixões. Hoje, com 33 anos, se realiza fazendo as coisas que ama.
“Costumo dizer que Deus sempre fala conosco, só precisamos ter a sensibilidade para entender quando Ele fala. Quando recebi o diagnóstico, estava em um dos momentos mais felizes da minha vida, e o diagnóstico me feriu demais, porque o câncer afeta a mente muito mais do que o corpo, mudou a minha visão sobre o mundo e mexeu profundamente com as minhas emoções. Jamais esquecerei as sensações, as aflições, o quanto o processo foi doloroso. No entanto, foi quando precisei ser mais forte, mais corajosa, firme e resiliente. Recolhi e ainda recolho meus cacos inúmeras vezes, mas hoje valorizo a grandeza nas miudezas, busco a felicidade nas pequenas coisas e reconheço a extrema importância dos afetos mais íntimos. Sigo em um caminho cheio de altos e baixos, mas agradecida de por estar viva e curada!”
Além de ter tido uma boa rede de apoio profissional, sua família foi fundamental para ajudar a tornar a caminhada menos pesada. “Por dentro de um caminho tortuoso e imprevisível, pude reparar com mais cuidado o que me cerca. Pude perceber melhor minha fé e fortalecê-la, pude estar presente com minha família e como nunca antes, entender o valor de um abraço e de um sorriso. Olhei para mim e vi que sou muitas em uma só, mas que todas essas partes emanam amor. E o amor cura, de dentro para fora e de fora para dentro”, conta Vanessa.

Márcio Bittencourt, o apoio da famíla e o esporte
O Dr. Márcio Bittencourt superou um câncer avançado na próstata aos 53 anos. O apoio da família foi fundamental para a sua cura. Após o susto, passou a praticar atividade física e esporte, como a canoagemA história do Dr. Márcio Bittencourt é mais um exemplo de superação, força de vontade e garra, já que ele saiu do papel de médico e se tornou paciente após descobrir um câncer de próstata numa consulta de rotina. Dr. Márcio é cardiologista, tem 59 anos e, há pouco mais de cinco anos, enfrentou um diagnóstico de câncer de próstata já em situação crítica. Na época, ele levava um estilo de vida bastante agitado, pois atuava como médico e vereador em Macaé.
Realizou a cirurgia robótica às pressas em São Paulo, fez tratamento oncológico com 43 sessões de radioterapia, bloqueio hormonal e, após 3 anos de luta, venceu a doença. Após este susto, Márcio mudou sua vida, incluiu atividade física no seu dia a dia, com o apoio de sua esposa, filhos e amigos. Hoje, tem uma nova forma de ver a vida. “Durante um exame preventivo, aos 53 anos, identificamos uma alteração que se transformou em suspeita. Após alguns exames, veio o diagnóstico que me chocou profundamente, mas mesmo assim, continuei trabalhando e levando a vida. A cirurgia deu certo e achei que estivesse curado, mas um exame posterior mostrou alteração”, explica o médico.
O apoio da família e o trabalho foram fundamentais para que ele não desistisse, porque cada vez que pensava em abandonar o tratamento, se deparava com alguns de seus pacientes em fase terminal do câncer, implorando pela vida. “Eu me lembro que um dos momentos mais difíceis foi reunir meus filhos para dar a notícia e um deles, com apenas 13 anos na época, tremia as perninhas sem parar. Isso me marcou muito. Após a cura do câncer, me tornei uma pessoa mais compreensiva e empática, porque em um momento eu era o cara que tratava conduta enquanto médico e, em outro momento, eu estava ali, precisando de cuidado”, destaca Márcio.

Suzani Suelen e a afirmação da sua fé
Suzani Suelen de Souza da Silva tem 34 anos, é casada e muito religiosa. Em maio de 2021, aos 31 anos, foi diagnosticada com câncer de mama, triplo negativo no grau 3, um tipo raro e agressivo, após um autoexame. Quando recebeu o diagnóstico, não se preocupou com a possibilidade da morte, mas de como iria se aproximar do amor de Deus. Iniciou a quimioterapia, teve queda de cabelo e reação alérgica a um dos componentes do tratamento, que durou 6 meses. Em dezembro de 2021, fez a mastectomia total da mama esquerda.
O resultado da biópsia de Suzani deu negativo e ela ficou curada! Mas, para sua surpresa, em outubro de 2022, descobriu que o câncer tinha voltado no mesmo local e reiniciou o tratamento com quimio e imunoterapia. Em abril de 2023, fez a segunda cirurgia no mesmo local, ficando livre de qualquer lesão. “Não é fácil receber o diagnóstico, mas eu aceitei o desafio de lutar pela vida, não desisti, entreguei minha vida nas mãos de Deus e descansei. Nunca duvidei do seu poder. Nos momentos mais difíceis, eu louvava. Não focava na dor, focava na minha cura e na fé do senhor. Sou grata a Deus por todos os profissionais que cuidaram de mim em todo esse processo, à minha família, à minha Igreja e a Deus. Agradeço pela minha jornada e carrego minha cicatriz com alegria, pois ela me faz lembrar o que Deus fez por mim”, diz Suzani, que é evangélica.
A lição que fica é: “A vida é muita curta para ser pequena”.

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