Constelação Familiar, um olhar sobre cada lugar
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Foto Allê Tavares

As pessoas crescem ouvindo comparações sobre com quem se parecem mais: o pai ou a mãe? Se é normal herdar deles características físicas, será possível também herdar crenças e padrões de comportamento? A Constelação Familiar, um tipo de terapia breve, mostra que sim e revela, ainda, que essa “herança” vem não só dos pais, mas também de outros ancestrais.
Segundo esclarece a psicanalista e terapeuta sistêmica Bianca Fraga, 48 anos, essa terapia busca elucidar questões pontuais (por isso é breve), de qualquer tipo, e fazer relações com o sistema familiar, ou seja, sempre olhando para o coletivo. Criada nos anos de 1970 por Bert Hellinger, o filósofo, teólogo e psicólogo alemão estudou e conviveu por 16 anos com a tribo Zulus (África do Sul) e concluiu que as pessoas estão energeticamente conectadas com seus antepassados. De acordo com essa visão, a vivência dos antepassados (traumas, crenças, segredos, etc) pode ser passada para as próximas gerações, influenciando a vida dos descendentes.
Com uma analogia, Bianca explica um pouco do que é a terapia. “A constelação das estrelas só é constelação porque cada estrela tem seu lugar. Se você tira uma estrela do lugar já não é mais a mesma constelação, de Orion, por exemplo. Só quando todas as estrelas estiverem no seu lugar é que encontro a Constelação de Orion.
A Constelação Familiar nada mais é do que a pessoa se posicionar no seu sistema familiar”, pontua. Como resultado, a terapeuta indica que a pessoa encontra mais equilíbrio, leveza e paz.
A Constelação Familiar trabalha 3 leis universais que regem as dinâmicas familiares: a lei da hierarquia, a lei do equilíbrio e a lei do pertencimento. Nas sessões, onde as pessoas ‘constelam’, os conflitos atravessam essas leis. Então, o terapeuta vai guiando a pessoa em um processo de autoconhecimento para que ela possa descobrir os motivos e, assim, ter mais chance de se resolver as questões.
“A Constelação Familiar é uma revelação do que está por trás, do que a gente não vê. E, vendo, você tem condições de fazer alguma coisa”, fala. Bianca explica que, quando a pessoa consegue identificar padrões de comportamento ruins, ela se torna capaz de quebrá-los e impedir que eles se repitam nas próximas gerações.
Atualmente, essa terapia é reconhecida e utilizada até pelos órgãos públicos. Em março de 2018, o Ministério da Saúde incluiu a Constelação Familiar na lista de práticas integrativas disponibilizadas pelo SUS, o Sistema Único de Saúde.
Na opinião da terapeuta, o interesse das pessoas nesse método tem crescido ao longo dos anos. Bianca realiza a Constelação Familiar de forma presencial (com atendimento individual ou coletivo) e, após a pandemia de Covid-19, passou a fazer também online. Quando começou esse trabalho, ela morava em Macaé, porém, agora está em Niterói. Apesar disso, Bianca vem a Macaé, esporadicamente, para ministrar cursos e fazer constelações.
Eles ‘constelaram’
A criadora da raça Shih-tzu e empreendedora Gerlane Mota, 42 anos, já fez Constelação Familiar várias vezes. Mas foi a primeira, realizada em 2018, a mais marcante, conforme ela diz. “Eu sentia que minha vida estava estagnada. Tinha uma síndrome de salvadora, fazia tudo para todos e não olhava para a minha própria dor. Eu carregava peso e histórias familiares que não eram minhas, entendi que, para honrar nossos familiares, nós não precisamos repetir os padrões”, relata.
Segundo Gerlane, com a ajuda da Constelação e também de terapia, feita com psicóloga psicanalista, ela conseguiu tomar a importante decisão de se divorciar.

Com uma analogia, Bianca explica um pouco do que é a terapia. “A constelação das estrelas só é constelação porque cada estrela tem seu lugar. Se você tira uma estrela do lugar já não é mais a mesma constelação, de Orion, por exemplo. Só quando todas as estrelas estiverem no seu lugar é que encontro a Constelação de Orion.

A Constelação Familiar trabalha 3 leis universais que regem as dinâmicas familiares: a lei da hierarquia, a lei do equilíbrio e a lei do pertencimento. Nas sessões, onde as pessoas ‘constelam’, os conflitos atravessam essas leis. Então, o terapeuta vai guiando a pessoa em um processo de autoconhecimento para que ela possa descobrir os motivos e, assim, ter mais chance de se resolver as questões.

Atualmente, essa terapia é reconhecida e utilizada até pelos órgãos públicos. Em março de 2018, o Ministério da Saúde incluiu a Constelação Familiar na lista de práticas integrativas disponibilizadas pelo SUS, o Sistema Único de Saúde.

Eles ‘constelaram’

Segundo Gerlane, com a ajuda da Constelação e também de terapia, feita com psicóloga psicanalista, ela conseguiu tomar a importante decisão de se divorciar.
Texto: Leila Pinho
Fotos: Alle Tavares