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Gastrite e Alimentação

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Quando não tratada, a gastrite pode evoluir para uma ulcera

“Mas eu não posso porque eu tenho gastrite”. Eis uma das frases que ouço com frequência. Mas afinal, o que é a gastrite, qual a causa e qual o tratamento dietoterápico?
A gastrite é uma inflamação na mucosa interna do estômago. Ela pode ser aguda ou crônica e as causas podem ser diversas. As mais comuns são: consumo excessivo de bebida alcoólica, uso freqüente de medicamentos anti-inflamatórios, níveis elevado de estresse e infecção pela bactéria H. Pylori.
Os sintomas normalmente são bastante incômodos como: sensação de estômago cheio , náuseas , enjoo, dificuldade e demora na digestão, arrotos frequentes, refluxo, desconforto abdominal, falta de apetite, emagrecimento, inchaço na região do estômago, entre outros. Porém, também existe a gastrite silenciosa. Aquela que a pessoa não apresenta nenhum sintoma e aos poucos a doença vai evoluindo. O diagnóstico é feito através do exame de endoscopia.Mas e a dieta? Afinal o que pode ser consumido? Primeiramente, vamos esclarecer que nenhum alimento é capaz de desenvolver uma gastrite. O ph do estômago é muito mais alto que qualquer alimento. Logo, se você comeu algo e sentiu dores estomacais, tal alimento não provocou a gastrite, ela já estava ali sem a sua percepção.
Naquele velho jogo do que pode e não pode comer, a minha primeira dica é você conhecer a sua gastrite e listar aquilo que te prejudica e te causa dor. Evitar o consumo de chocolate, pimenta, café, refrigerante, bebida alcoólica, frituras e refeições muito concentradas, ou seja, muita comida em uma única refeição, são algumas recomendações. Porém, tem paciente que come uma banana, que a princípio não está na lista dos proibidos, e se sente mal. Aí, entra a sua individualidade alimentar.
No básico, as pessoas dizem: “Evite os ácidos”. E tudo aquilo que você imagina ser ácido, você vai retirando da sua alimentação. Um dos alimentos mais polêmicos quando o assunto é gastrite é o limão. Pois, acredita-se que o seu consumo seria prejudicial. Na verdade, o consumo do limão seria uma indicação no tratamento, para que possa ser feito o equilíbrio ácido/base. Você não precisa ter medo de consumi-lo. Usar limão com água pela manhã é uma estratégia que pode ser feita.
Uma crença antiga dizia que o consumo de leite junto com os medicamentos iria auxiliar nos tratamentos das inflamações do estômago, pois diminuía as dores. Na verdade, isso acontece sim no primeiro momento, mas depois, nós temos um efeito chamado Efeito Rebote. O estômago produz mais ácido e as dores voltam mais fortes.
O tratamento pode ser feito via medicamentosa, dietoterápico e fitoterápico. Com a utilização de algumas tinturas, como a espinheira santa, o alecrim, a erva doce e guaçatonga. O uso de enzimas digestivas também é interessante. Assim como a suplementação de magnésio e uso de Aloe vera.
Quando não tratada, a gastrite pode evoluir para uma ulcera gástrica e a longo tempo pode causar risco de câncer no estômago. É necessário eliminar a causa da doença.
Não se acostume com as queixas gástricas persistentes. O uso contínuo de medicamentos para o controle das dores também não deve ser normalizado. Ignorar a necessidade da dieta indicada, pode piorar a situação. Se você desconfia que o seu estômago não está bem, procure o especialista e o nutricionista.