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Neste momento de pandemia, em que há mais de três meses, a maior parte das pessoas estava em quarentena, um movimento saudosista tomou conta de todos nós. Quem não tirou um dia para arrumar o famoso “quartinho da bagunça”, com suas caixas e caixas, que estavam guardadas há anos e há várias mudanças? Nos deparando com fotografias e coisas pessoais, registros de toda a nossa adolescência/juventude e que a gente nem lembrava mais que existiam? 

 Imagina, então, um fotógrafo com mais de 35 anos de profissão e que sempre gostou de documentar sua cidade natal e seus habitantes. Foi o que aconteceu com Luiz Bispo, fotógrafo macaense, que aproveitou a quarentena para rever parte do seu acervo fotográfico, ainda inédito, registrado no início da década de 1990. “Decidi digitalizar estes arquivos com um scanner de negativos, que adquiri recentemente, pois já tinha perdido alguns trabalhos em uma enchente, anos atrás e não queria correr o risco de perder mais material”, relata Bispo.

Há uns quinze dias, Luiz começou a postar essas fotos no seu Facebook e se surpreendeu com o resultado, com tantas pessoas curtindo, compartilhando e o parabenizando pelo registro de toda uma época, vivida e curtida por quem tem, hoje, entre 45 e 60 anos. “Resolvi ‘provocar’ e ver qual seria a reação das pessoas com a publicação das fotos que fiz para documentar as atividades sociais e esportivas daquela época. Foram muitos comentários positivos e mensagens me parabenizando pelo trabalho. Pessoas, que nas fotos eram pequenas e que agora já são pais e mães de família, por exemplo”, fala o fotógrafo, que ainda pretende publicar outros ensaios.

Os arquivos são variados e registram diversos momentos da sociedade macaense em vários lugares, como as Praias do Pecado e Cavaleiros, Fest-Verão, corrida de kart, motocross, capoeira, Gincana Jovem, entre outros. Um detalhe, a maior parte das fotos foi feita em preto & branco (PB), o que agrega ainda mais nostalgia às publicações.

Quem viveu aquela época e se viu agora nessas fotos, com certeza se surpreendeu com o registro, principalmente porque não tínhamos acesso a fotos do nosso dia a dia como hoje, onde os celulares compartilham todos os nossos passos. Eram poucos os fotógrafos na cidade que tinham equipamentos, recursos e, principalmente, a intenção de fazer essa documentação. Graças ao olhar sutil de Luiz Bispo, hoje, 30 anos depois, nos deparamos com esses momentos que marcaram toda uma geração e nos proporcionam boas recordações. Obrigado, Bispo!!!

Confiram parte do acervo no link abaixo:

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