Natação para bebês
Este é um assunto que me sinto muito confortável em compartilhar com vocês. Espero que as dicas ajudem a desconstruir alguns medos e receios que nós, mães de primeira viajem, costumamos ter.
Comecei a trabalhar com natação infantil logo no 2o período da faculdade, nunca vou esquecer de uma menina chamada Gabi, de aproximadamente 3 anos, que tinha muito, mas muito medo de piscina. Acho que naquela época, pela inexperiência, não me dei conta da importância do processo que estávamos tendo que vencer naquela pequena piscininha de bebê, a Gabi sentia muito medo e não conseguia desenvolver suas capacidades, passávamos mais da metade da aula só tentando convencê-la a entrar na piscina. Resolvi contar essa historia, para que vocês entendam a importância das dicas que tenho para compartilhar.
O primeiro contato do bebê com a água é no banho, ele relembra sua vivência dentro da barriga da mãe e costuma sentir conforto e relaxamento nesta atividade, que deve ser um momento de estímulo e prazer.
- Desde o primeiro banho, deixe respingar água no rosto do bebê e jogue sempre um pouco de água na cabeça dele;
- Reduza a temperatura da água do banho aos poucos ate atingir os 32ºC (por volta dos 4 meses)
- Familiarize e brinque com a criança durante o banho, transformando a atividade em um momento de prazer;
Um elemento muito importante para as primeiras experiências com os bebês no meio aquático é a presença da mãe ou do pai, trazendo a sensação de segurança física e afetiva. A partir daí, o professor como mediador, vai propor as atividades pertinentes para cada idade e fase do desenvolvimento de cada criança.
Neste momento, aos 6 meses, que e quando normalmente os pediatras costumam liberar para a natação, o objetivo é muito mais de uma adaptação ao meio líquido do que propriamente aprender a técnica dos estilos de natação.
Benefícios da natação infantil
- Evita acidentes em piscinas;
- Desenvolve habilidades motoras da criança, de forma lúdica;
- Estimula a percepção dos cinco sentidos: tato, audição, visão, olfato e paladar;
- Desenvolve a noção espacial e lateralidade;
- Desperta e faz sentir diversas sensações através dos movimentos;
- Estimula a coordenação motora fina e grossa através dos movimentos e uso de materiais;
Hoje, com mais experiência e agora mãe do Enzo, percebo claramente que talvez os pais da Gabi não foram orientados a jogar “aguinha” na cabeça dela, nem fizeram qualquer introdução ao meio líquido durante a fase sensório-motora (até 24 meses), e depois aos 3 anos fica bem mais difícil fazer a tal da introdução ao meio líquido, a criança já sente medo, e fica receosa de experimentar uma atividade nunca antes proposta.
A grande vantagem de fazer a iniciação do bebê nesta fase, entre os 4 e 8 meses é que eles têm um reflexo que bloqueia as vias aéreas (boca e nariz). Entre 6 e 8 meses este comportamento começa a ser voluntário e o bebê começa a reter a respiração, o comportamento involuntário torna-se voluntário. Por isso é importante acostumar a criança a mergulhar.
Assim que o Enzo nasceu, meu grande sonho era levar ele na piscina e começar a colocar em prática tudo aquilo que aprendi lá no início da minha carreira. Me senti muito feliz e realizada, foi muito gostoso! Engraçado foi ver a cara das pessoas quando eu mergulhei ele com apenas 5 meses!! Ainda é uma prática não muito comum, destaco aqui a importância de procurar um profissional habilitado para te dar todas as dicas e promover um momento de muita felicidade e com toda a segurança.
Espero que vocês tenham curtido as dicas de hoje, até a próxima!
Referencias bibliográficas:
BARBOSA, J Natacao em Academia
BRESGES, L Natacao para o meu neném
FONSECA, V. Psicomotricidade
Eu sou Fernanda Grosso, profissional de educação física
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