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Macaé Oilers

sex, 07/04/2017 - 11:21 -- Shopping Plaza Macaé
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Fotos: Manoel Germano
time de futebol americano macaé oilers

A Capital Nacional do Petróleo está atraindo petroleiros para atuar em novos campos. Capacete, luvas e equipamento de proteção individual são materiais indispensáveis no trabalho braçal. Para crescer na profissão, é preciso saber perfurar defesas, avançar jardas e ter versatilidade.

O texto acima poderia ser de um anúncio de emprego para trabalhar em uma empresa offshore. Mas, na verdade, são características dos petroleiros macaenses que atuam nos campos de futebol americano. É que a cidade possui um time da modalidade que está escrevendo o nome na história e fazendo Macaé ser conhecida não apenas por seus campos de exploração de petróleo, mas também pela bola oval.

Há quatro anos, o Macaé Oilers era apenas uma brincadeira de amigos, uma ideia de primos. A brincadeira ficou tão séria que, em três anos, o time chegou a três finais seguidas da Liga Fluminense de Futebol Americano (LIFFA), com dois títulos (2015/2016) e um vice-campeonato (2014).

gabriel e matheus do macaé oilers“Meu primo me chamou para começar a jogar na praia. Ele tinha praticado no Espírito Santo, onde conheceu o esporte. Chamamos também outros amigos e inicialmente eram dez pessoas. A partir do momento que mais pessoas apareceram para brincar, pensamos em montar um time, treinar sério e participar de competições aqui no Estado”, lembrou Gabriel Lázaro, um dos fundadores do Macaé Oilers.

O nome Macaé Oilers foi inspirado na cidade e no seu principal potencial econômico. Uma prática que acontece também com as demais equipes pelo Brasil. Algumas, inclusive, usam também nomes de animais como, por exemplo, o Botafogo Repitiles e Coritiba Crocodiles.

Poucos meses depois, lá estava o Macaé Oilers na primeira final da LIFFA, no final de 2014. Antes, no entanto, o grupo abriu as portas para Nivaldo Valadão, que transformou a brincadeira de primos na praia em clube profissional e já projeta conquistas maiores a partir deste ano.

“Conseguimos muitas coisas nesses três anos, mas almejamos ainda mais. Nosso objetivo é disputar a Liga Nacional neste ano. Se ficarmos entre os dois primeiros colocados, nos classificamos para a Super Liga que é a Primeira Divisão do Campeonato Nacional. Temos ainda muito mais trabalho pela frente. Espero muito estar na elite do campeonato no ano que vem”, revelou Gabriel.

Para chegar a Super Liga Nacional, o Macaé Oilers terá que passar pela Liga Nacional. Em 2016, a competição contou com mais de 31 equipes na briga pelo acesso à Primeira Divisão. A competição foi dividida em conferências – região do Brasil onde cada equipe pertence -, e o campeão foi o BH Eagles, que derrotou, na final o Sinop, o Coyotes por 39 a 7.

Patrocínios para projeto da Liga Nacional

jogador de futebol americano macaé oilersA Liga Nacional sempre foi a maior ambição do Macaé Oilers desde a fundação da equipe. Para isso, no entanto, é preciso estruturar o projeto também fora das linhas do campo. Transporte, hospedagem, alimentação, equipamento, contratação de comissão técnica.

Tudo isso requer investimento, o que a diretoria busca com novos patrocinadores. Para isso, o staff está planejando ações com jogadores e muito mais. “Nossa maior dificuldade é financeira. Os atletas precisam arcar com os custos das viagens. Isso nos dificulta ter novos atletas e contratar novos profissionais, ter uma comissão técnica especializada”, completou.

Na temporada passada, a Super Liga Nacional contou com 31 times de 17 estados. Entre as equipes, clubes com camisas tradicionais como Botafogo Reptiles, Flamengo FA, Vasco da Gama Patriotas, Santos Tsunami, Corinthians Steamrollers, Coritiba Crocodiles e Vitória FA.

A competição, organizada pela Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA), está com inscrições abertas e deve acontecer no segundo semestre deste ano. A Super Liga Nacional é inspirada no modelo usado pela NFL, que é a Liga Nacional de Futebol Americano, dos Estados Unidos.

A competição americana divide as equipes, por região, para disputa da primeira fase. Na segunda, tem as eliminatórias e um jogo final, conhecido por “Super Bowl”. No Brasil, na etapa inicial, são quatro conferências (Nordeste, Leste, Oeste e Sul), com dois grupos em cada. As equipes jogam entre si dentro de cada conferência. Após o mata-mata, os dois melhores disputam o título no “Brasil Bowl”.

No final do ano passado, o Timbó Rex, de Santa Catarina, venceu o Flamengo FA na final, por 36 a 24 e ficou com o título. Os planos traçados para o futuro, a possibilidade de disputar a Liga e a Super Liga em dois anos e os títulos conquistados até o momento, já fazem do Macaé Oilers uma atração. Isso inspira a equipe e deixa Nivaldo esperançoso.

“Uma legião está nos seguindo nas redes sociais. Atualmente, contamos com mais de 5.500 seguidores no Facebook. Cada vez mais, temos novos adeptos  atletas. Tomara que Macaé se torne a Capital Nacional do Futebol Americano. Esse é o meu maior sonho”, projetou Nivaldo.

Para se preparar para o que vem pela frente, o Macaé Oilers realizou no último mês o Try Out (uma peneira) para selecionar novos jogadores. O processo aconteceu no campo sintético do Bairro da Glória, onde a equipe treina. O objetivo é reforçar o elenco para a temporada que pode ter as disputas da Liga Nacional e do Campeonato Estadual.

Torcida organizada

torcedora do maaé oilersOs feitos da equipe são registrados pela torcida. Organizada por parentes, no início, mas que atualmente conta com carteira de identificação, uniforme, bandeiras e programa de sócio-torcedor, com mensalidade fixa.

O nome da torcida organizada é forte e mostra o tamanho da paixão pelo time: “Torcida Organizada Sangue Negro”. Isso porque as cores da equipe são o preto e o amarelo. Ohana Gabriela é uma das diretoras da organizada. “Estamos com eles desde o primeiro jogo, em 2014. No início, éramos massacradas, tínhamos apenas cinco meninas na torcida. Atualmente, temos mais de cinquenta e, aos poucos, chegam mais adeptos. São mães, irmãs, namoradas, irmãos. Por isso nos organizamos, pagamos mensalidade, que é revertida para ações da torcida e para as viagens”, comentou Ohana.
Para ir até os jogos, os fãs fazem ainda muito mais. Rifas, venda de comida e doações ajudam a pagar transporte, alimentação e até reforçam o pagamento das despesas da equipe.

“Essa mensalidade de R$10, paga por cada membro da torcida, ajuda a produzir o material da torcida organizada. Mas também, reforçamos essa verba com venda de bolo, fazemos rifas, amigos e parentes fazem doações. (Ajuda no transporte, porque cada viagem custa em média R$2.500 cada ônibus.) Por regra da equipe, torcida e jogadores viajam separados”, reforçou.

Mesmo enfrentando dificuldades, Ohana se mostra confiante para a temporada 2017. “Queremos melhorar nosso plano de sócio-torcedor, lançar linha de uniformes para a torcida, personalizar esse material. Ainda melhorar nossos planejamentos de viagens, que hoje são organizadas com 30 dias de antecedência”, frisou.

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