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A proximidade dos meses mais quentes apontou um pequeno aumento no índice de infestação do Aedes aegypti, em Macaé. A constatação foi do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) realizado este mês pela Secretaria de Saúde de Macaé, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Na amostragem atual o índice ficou em 1,0% contra o percentual anterior feito em julho, de 0,8%.

Os agentes vistoriaram 4.129 imóveis na área urbana, dos quais 42 foram positivos para Aedes aegypti. Já na área rural, foram visitados 240 imóveis, onde foi encontrada 1 amostra para Aedes.

A coordenadora de Vigilância em Saúde, Ana Paula Dal-cin, lembra que a participação da população tem sido fundamental no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e febre chicungunha. "Agradecemos a toda população que se uniu aos agentes de combate às endemias e conseguiu manter o índice de infestação dentro de um padrão satisfatório, o que minimiza os riscos de transmissão das doenças", frisou.

Ela ressaltou porém, que a previsão é que, no próximo verão, teremos um problema ainda mais grave do que foram a dengue e a zika no último verão. Trata-se da chikungunya, uma doença que pode causar incapacidades temporárias nas pessoas acometidas. "Por isso, temos que nos preparar para enfrentarmos um problema ainda maior do que imaginávamos", alertou.

Para enfrentar um possível aumento de casos das doenças, a Secretaria de Saúde vem buscando ao longo do ano ações práticas e teóricas, em conjunto com a sociedade, no combate ao vetor.

Na cidade, 10 bairros apresentaram índice de risco, entre 1% e 3,9%: Lagomar, Ajuda de Cima, Ajuda de Baixo, Jardim Carioca, Engenho da Praia, Nova Esperança, Malvinas, Nova Malvinas, Aroeira, Morro de São Jorge, Centro, Imbetiba, Riviera e Novo Cavaleiros. O levantamento apontou ainda que os bairros Morro de Santana (6,6%) e Cajueiros (6,2%) tiveram o maior índice de infestação.

O diretor-geral do CCZ, Flávio Paschoal, ressalta que os depósitos para armazenamento de água ao nível do solo como caixa d'água, tambor e tonel continuam predominando como os principais criadouros do mosquito no município, com 53,7%. Já os vasos e pratos de plantas, recipientes de degelo de refrigeradores e bebedouros equivalem a 20,4%. Juntos, atingem 74,1% dos criadouros positivos.

“Durante todo ano os agentes de endemias realizam o trabalho de casa em casa, fazendo a eliminação de focos e tratamento focal do imóvel, com aplicação de larvicida, com o objetivo de eliminar as larvas existentes, além de orientação”, explicou, acrescentando que as atividades serão intensificadas nos bairros que apresentaram maior índice, além de ações educativas nas escolas, órgãos públicos, igrejas e empresas.

Todos sabem como evitar criadouros do mosquito transmissor da dengue, mas sempre vale a pena lembrar:

• Guarde as garrafas, baldes ou latas vazias de cabeça para baixo;
• Lave com escova e sabão as vasilhas de água e de comida dos animais pelo menos uma vez por semana;
• Retire a água da bandeja externa da geladeira pelo menos uma vez por semana. Lave a bandeja com sabão;
• Não deixe acumular água na parte debaixo das torneiras de bebedouros e filtros de água;
• Trate a piscina com cloro;
• Guarde os pneus velhos sem água, em locais cobertos.

O Centro de Controle de Zoonoses conta com o Disque Dengue 0800- 0226461. Pelo telefone, os moradores podem fazer solicitações e sugestões.

Informações da Prefeitura de Macaé