Amor de pai

Os homens que já foram pais falam da paternidade com emoções e sentimentos parecidos. Alguns dizem que não conseguem explicar com palavras o que sentiram no momento do nascimento e outros declaram ter sido o instante mais feliz. Os depoimentos deles sobre a paternidade são similares, mas a idade em que se tornam pais faz com que a forma de viver a experiência seja diferente para cada um.

Quando Tiago nasceu em 1989, o pai Marcial Ximenes tinha 23 anos e ainda era estudante universitário. Marcial que é publicitário e hoje tem 47 anos recorda que a notícia da gravidez teve um grande impacto sobre a vida dele. “Ser pai com 20 e poucos anos me trouxe mais responsabilidade. Passei a pensar em coisas que antes eu não pensava. Quando somos jovens, a gente pensa em festa, sair com os amigos e essas coisas. Com um filho, muda tudo. Eu passei a dar mais atenção para os estudos e preocupar com a saúde do bebê”, fala Marcial.

Na ocasião do nascimento de Tiago, o publicitário não estava na sala de parto e quando recebeu a notícia tão esperada, manifestou a emoção com lágrimas. “O Dr. Manoel Raposo saiu da sala de parto e me disse que era um menino (o pai não sabia qual era o sexo da criança). É muito especial saber que você gerou outra vida e que tem que cuidar dela”, conta.
Depois de Tiago, que hoje tem 24 anos, Marcial teve Marina e Caique.

Arquivo pesoal de Henrique de Souza Nogueira Neto

Para o engenheiro Henrique de Souza Nogueira Neto, de 33 anos, a gravidez foi planejada. Ele é pai de primeira viagem e a filha Maria Júlia tem apenas 2 meses. Henrique viu a filha nascer. “Primeiro saiu um perninha e depois a outra e eu achei estranho porque ela não chorou de imediato. Um pouco depois ela chorou e eu e minha esposa choramos juntos, de emoção. Senti uma mistura de responsabilidade e felicidade e pensei: agora eu tenho que tomar conta de alguém”, fala Henrique.

O engenheiro que passou o natal e o ano novo dos últimos cinco anos trabalhando, já planejou algo diferente para este ano. “O Dia dos pais de 2013 já está sendo diferente e emocionante pra mim. Nenhum presente material vai me fazer mais feliz do que ver o sorriso da Maria Júlia. Este ano vou passar o Dia dos pais em casa e também o natal e réveillon com minha filha e esposa”, diz Henrique.

O administrador Carlos Antônio Pinheiro Santos, que foi pai pela primeira vez com 31 anos, reviveu a experiência depois de 18 anos. Ele teve a Juliana, fruto do primeiro casamento, e, depois nasceram os gêmeos bivitelinos Gabriel e Felipe da união com a atual esposa. Os gêmeos nasceram quando Carlos tinha 49 anos.  

Arquivo pessoal de Carlos Antônio Pinheiro Santos

“Depois de 18 anos foi como se eu tivesse começado de novo. Mas, é lógico que eu já tinha uma bagagem, já tinha passado pela experiência da primeira filha e estava mais amadurecido. É diferente ser pai depois de tanto tempo porque você acaba não errando o que errou da primeira vez. A gente vê que tem que criar o filho para o mundo e que prevalece a criação e os laços familiares. Percebo que crio os dois com o relacionamento mais aberto, as vezes sou um pouco mais tolerante com algumas coisas. A maturidade faz você aprender com a vida”, reflete.

Carlos preza por participar muito da vida dos filhos. Ele leva os meninos para a escola, joga bola e desenha junto com as crianças. “A minha infância foi assim com os meus pais. Família pra mim é sagrada. Este Dia dos pais vamos combinar de fazer um almoço em família. Como meus pais e os da minha esposa são falecidos, vamos reunir com os meus irmãos com as esposas e filhas deles e fazer um grande almoço”, diz.