Alimentação durante a gravidez

Durante o período da gravidez, as mulheres e também familiares costumam ter muitas dúvidas sobre a alimentação. A digestão fica mais lenta e o cuidado na seleção da comida vai interferir diretamente na saúde da mãe.  As que mantêm uma alimentação equilibrada têm mais chances de desenvolver uma gestação saudável.

De acordo com o ginecologista e obstetra de Macaé, Augusto Cesar Silva Sorage, a mãe que se alimenta mal pode sentir mais cansaço, dores musculares, cãibras, entre outros problemas. As restrições relativas aos alimentos muito calóricos não impedem a mulher de comer variados alimentos. Porém, é preciso ter equilíbrio.

Comidas gordurosas, fritura e doces devem ser evitados. A preferência é para as verduras, legumes e frutas. O ideal é a gestante se alimentar mais vezes ao dia e ingerir quantidades menores de comida. Recomenda-se comer de três em três horas.

“A grávida consome muito ferro, por isso oriento a ter a suplementação vitamínica com comprido de polivitamínico. Além disso, a alimentação deve ser rica em ferro porque o bebê consome muito este nutriente. O ferro é obtido no bife de fígado, na cebola, na beterraba, nas verduras de folha verde escura, etc. O cálcio, encontrado no leite e derivados, na água de coco, no tomate, também é um nutriente importante de ser consumido”, afirma Augusto Cesar.

Embora algumas pessoas acreditem que uma taça pequena de vinho não faça mal ao bebê, órgãos como o Ministério da Saúde, e os médicos não recomendam a ingestão de nenhuma quantidade de álcool durante a gravidez.

“Foi feito um estudo com participação de várias universidades em diferentes países sobre a síndrome alcoólica do recém-nascido. Esse estudo detectou que se o bebê tiver o gene para o alcoolismo, se durante a gestação a mãe ingerir qualquer quantidade de álcool, o gene pode ser ativado e a criança ter pré-disposição ao consumo de álcool. Por isso, recomendo que as grávidas não bebam nem uma gota de bebida alcoólica”, alerta o ginecologista e obstetra. 

O ganho de peso normal durante os nove meses é de 9 a 12 quilos. O aumento excessivo de peso pode causar hipertensão, diabetes gestacional, problemas vasculares e relacionados à coluna.

Mitos sobre a alimentação na gravidez

Algumas crendices e mitos relacionados à alimentação durante a gravidez são muito populares e alvo de dúvidas frequentes. Veja abaixo o que diz o ginecologista e obstetra Augusto Cesar Silva Sorage sobre os mitos.

A mãe tem que comer por dois. ► Mito
A mãe não deve comer por dois. Ela precisa ter alimentação balanceada. O que percebo é que muitas mulheres vêem a gestação como uma libertação do sentimento de culpa. As mulheres, geralmente, se sentem culpadas por estarem acima do peso e, na gravidez, elas percebem que essa culpa acaba porque de qualquer forma elas vão engordar. Então, algumas acabam comendo um pouco a mais.

Se a mãe não comer o alimento que deseja, a criança pode nascer com uma marca parecida com o alimento. ► Mito
Isso não é verdade. É preciso perceber que a gestante fica muito sensível e mais fragilizada e às vezes ela fica até um pouco carente. Então a grávida pode usar esse mito até como forma de chamar um pouco de atenção.

O desejo de comer alguma comida durante a gravidez tem que ser atendido. ► Mito
Não. O que pode acontecer é a mãe ter vontade de comer mais calorias e o organismo pedir determinada substância. Mas, não vai causar nenhum mal se ela não comer o que deseja.

Comer canjica, canja de galinha e tomar muito leite ajuda na amamentação ► Mito
Mentira. O que ajuda na amamentação é a mãe se alimentar bem, de forma equilibrada, e tomar muito líquido.