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Noivos em fuga...

seg, 25/10/2021 - 19:53 -- Divercidades
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Fábio Calderaro
Fabíola Faustino e Armando Costa escolherem a Duna Mãe em Cabo Frio.

Edição nº 57/Outubro 2021

Texto: Juliana Carvalho

Atenção: os noivos estão em fuga! Mas, calma! Eles não estão fugindo do casamento e sim para casar! É isso mesmo! O Elopement Wedding - em tradução livre do inglês “fugir para casar”, é uma tendência internacional que ganhou ainda mais força na pandemia. Na prática, a cerimônia tem como pano de fundo um cenário inusitado e paradisíaco como um penhasco, um mirante, uma praia ou quem sabe uma cachoeira e, em cena, apenas os protagonistas: os noivos, em um momento de total intimidade e conexão para marcar uma nova fase de uma vida a dois.
A cerimonialista Fabiana Oliveira se especializou no estilo e explica que a pandemia fez com que muitos casais optassem pelo Elopement Wedding.Nós já realizávamos cerimônias deste tipo antes, mas, com a pandemia, vimos o nosso atendimento aumentar consideravelmente. Muitos casais que não queriam abrir mão de se casar e fazer uma celebração para a troca de votos encontraram nesse estilo a solução perfeita”, explica ela, acrescentando que cerca de 99% dos seus clientes são de outros estados, que escolheram a região como destino para a lua de mel.
O Elopement não é um mini wedding, ou seja, em geral, não há festa, buffet e muito menos convidados. A proposta é voltada para casais que não se identificam com formatos tradicionais de festas e grandes eventos e tem como foco a essência da troca entre o casal, sem outras preocupações e distrações”, reforça Fabiana.

Eles fugiram para dizer o “SIM”
Vivian Campanati e Pedro Lorena

Vivian e Pedro se casaram em 2019. Eles escolheram Arraial do Cabo como cenário para engrandecer ainda mais o momento mais esperado pelo casal. “O casamento é algo que vai ser vivido entre nós dois, então, por que não aproveitar essa liberdade de poder falar os votos do nosso jeito, com brincadeira, palhaçada e indiretas? Nós ficamos muito à vontade, o que tornou o momento mais especial ainda”, afirma Vivian, que revela que foi impossível conter a emoção ao ver o resultado das fotos. “A gente nunca tinha tirado foto de casal assim e a nossa reação ao ver as fotos e o vídeo foi chorar, emocionados. Foi uma experiência incrível e nós aproveitamos muito esse nosso momento”, revela Vivian.

Mariana Franco e Anderson Vieira
Mariana e Anderson já estavam juntos há um ano e meio quando receberam a notícia de que ele seria transferido para fora do país, a trabalho. O casamento, que já estava nos planos, virou foco do casal que queria viajar como marido e mulher. “Um casamento tradicional nunca foi o nosso sonho e não tinha nada a ver com a gente. Foi aí que, através da dica de uma amiga dele, nós conhecemos o Elopement e nos identificamos e reconhecemos que era isso o que queríamos”, conta Mariana. A escolha do lugar foi ao encontro do gosto do casal, apaixonado por cachoeiras e pela serra macaense. “A região serrana sempre foi um lugar para onde a gente ia junto nos momentos de lazer. A Cachoeira das Andorinhas, em Aldeia Velha, foi perfeita e, após a cerimônia, foi impossível resistir e não entrar na água vestida de noiva e tudo”, relembra ela que se casou em outubro de 2019 e, um mês depois, estava se mudando para a França com o marido, onde mora até hoje.

Thainá Felizardo e Rhuan Gabriel
Thainá preparou um casamento surpresa para o agora marido Rhuan Gabriel. O que era para ser um “simples” ensaio de fotos, se transformou em uma experiência marcada por aventura e emoção, tendo o Morro da Caledônia, em Nova Friburgo, como testemunha. Tudo foi planejado sem que o Rhuan soubesse e, no meio da sessão de fotos, eu saí para me trocar e apareci vestida de noiva. A ideia surgiu porque este tipo de cerimônia era algo que meu marido queria muito, já eu, não queria abrir mão do convencional, de estarmos juntos com a nossa família. Então, pensei em fazer essa surpresa para termos uma cerimônia só nossa, antes de fazermos a tradicional”, relembra ela.Mas, garantir as imagens que tiram o fôlego por tanta beleza e encantamento, não foi tarefa fácil. “Foi um percurso bem cansativo e exaustivo, a trilha não é nada fácil e, quando a gente vê as imagens, nem acredita que somos nós. Se não bastasse o trajeto, ainda esqueci meu buquê no carro. Não tinha como voltar e subir de novo, o jeito foi improvisar com folhas de trigo que foram colhidas pela cerimonialista no caminho e até que deu certo!”, conta Thainá, orgulhosa por ter vivido uma experiência tão única e emocionante.

Fabíola de Sá Faustino e Armando Júlio Fábio da Costa
Fabíola e Armando se casaram em meio à pandemia, em 2020, e somam à lista de casais que encontraram no Elopement Wedding a solução perfeita para celebrar a união. “A ideia inicial era fazermos um mini wedding, mas, pesquisando sobre o assunto, acabei chegando nesse formato do elopement e gostei muito. A cerimônia foi algo muito especial, muito além do que eu tinha imaginado. Apesar de ter a caminhada, o vento, o sol, tudo valeu muito a pena, o dia estava lindo! Com certeza, é algo que vamos repetir algum dia para renovar nossos votos”, ressalta ela, que escolheu a paradisíaca Duna Mãe, em Cabo Frio, como local para a cerimônia.

Thakurani Devi Albuquerque e Julliana Motta
Thakurani e Julliana se conheceram no Sana e, o Peito do Pombo, no distrito da região serrana de Macaé, foi uma escolha mais que acertada para receber a renovação de votos do casal em seu quarto aniversário de casamento, em setembro de 2020. “Foi algo muito especial para nós. O Sana tem muito da nossa história. Então, eu organizei a surpresa e refiz o pedido de casamento em agosto, quando a gente celebrou nove anos de relacionamento e, em setembro, estávamos lá para nossa cerimônia”, revela Thakurani.Subir o Peito do Pombo foi uma saga. Por conta da pandemia, a equipe estava bem reduzida, só o pessoal de foto e vídeo mesmo. A Thakurani preparou uma bolsa com os dois vestidos, que tiveram que ser pensados: não volumosos e que não amassassem, além do nécessaire com os itens para fazer a maquiagem e arrumar o nosso cabelo, o que ela mesma fez em nós duas lá em cima”, conta Juliana.
A coisa que mais deu trabalho para levar foram os buquês, mas eles chegaram intactos”, diverte-se Thakurani. “A gente já tinha ido lá outras vezes, então, sabia que ventava, fazia frio e que tinha que levar coisas para comer e beber, mas foi um desafio chegar lá em cima com aquele aparato todo. Subimos às 7h e descemos às 19h. Mas foi incrível, o dia estava perfeito... já estamos pensando na próxima aventura quando chegar a vez de celebrar o nosso aniversário de 10 anos de casamento”, afirma Juliana.

Profissionais que fazem a diferença
O Elopement Wedding se tornou foco de trabalho do grupo Fugir para Casar, criado em 2018 e especializado no estilo. Além da cerimonialista Fabiana, integram a equipe os profissionais: Gustavo Portes, maquiador; Fabio Calderaro, fotógrafo e Julia Carestiato e Erick Lorena, da Helix Filmes.Fomos pioneiros nessa modalidade de casamento e, hoje, trabalhamos exclusivamente com Elopement Weddings. Ficamos tão apaixonados por esse estilo que, inclusive, renovamos os votos de três anos de casados com uma cerimônia a dois, na cachoeira”, afirma Julia que divide com o marido a responsabilidade da captação das imagens em vídeo e participa diretamente da definição da escolha dos locais para as cerimônias. “A escolha é feita em comum acordo com os noivos, dependendo dos gostos e preferências deles. Nós sempre explicamos as situações e cenários em relação à luz, horários e dificuldade de acesso. O maior desafio é se adaptar às situações climáticas não favoráveis. Como as cerimônias são ao ar livre, não temos controle sobre o clima e, algumas vezes, temos que buscar soluções para que o Elopement possa acontecer da melhor maneira possível”, explica.
O maquiador Gustavo Portes tem como maior desafio garantir que noivos e noivas se mantenham “impecáveis” mesmo diante de vento, maresia e outras condições. “A experiência conta muito e o fato de lidar com a produção de noivas há muito tempo ajuda a saber o que vai favorecer ou não em uma cerimônia ao ar livre. No geral, por ser um evento a dois, as noivas costumam estar mais calmas e tranquilas, já que não tem toda aquela pressão de uma cerimônia tradicional. O que acontece apenas é que, às vezes, precisamos alinhar antes algumas ideias, já que há casos de noivas que chegam com uma ideia de beleza super produzida, o que não condiz com esse estilo de casamento, em que a proposta vai por uma beleza mais natural. Mas tudo é muito conversado e resolvido em conjunto”, afirma o maquiador.

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