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Coaching para melhores resultados

ter, 27/05/2014 - 11:10 -- Leila Pinho
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Foto Portal DiverCidades
funcionários da Italinea de Macaé

Metas desafiadoras, necessidade de tomar decisões mais assertivas, aumentar o faturamento, otimizar custos, ser mais eficaz,  liderar de forma estratégica e tantos outros desafios do mundo corporativo estão exigindo mais e mais das pessoas e das empresas. Muitos se perdem em meio a tantas demandas e problemas e não conseguem encontrar a solução para gerir bem a carreira e os negócios.

O coaching tem sido uma alternativa buscada por instituições e profissionais que querem atingir determinado objetivo, mas não sabem como. Ainda pouco conhecido no Brasil, o coaching é uma atividade realizada por meio de técnicas específicas com o intuito de melhorar o desempenho da pessoa e/ou da empresa. O método potencializa o desenvolvimento humano para alcançar metas.

Em Macaé, cidade que respira trabalho em função das oportunidades geradas pela indústria de óleo e gás, autônomos, empresários, gestores, executivos e empresas estão usando o coaching. O engenheiro de perfuração holandês Thijs Visser, gerente de plataforma da Odebrecht, contratou o serviço de coaching executive com a coach Chiara Lins. Thijs é o gerente da plataforma Delba III e tem como responsabilidades promover a segurança dos funcionários e do patrimônio, formar e fazer a integração de novas gerações de lideranças e aumentar o lucro dos acionistas.

Ele diz que depois de passar pelo processo conseguiu ter uma percepção mais clara dos liderados e das metas individuais, assim como aperfeiçoar as ideias e o exercício da paciência. “O coaching foi uma maneira muito eficaz para aprimorar minhas habilidades de liderança, me tornar mais estratégico, comunicar-me de forma mais clara e melhor e gerenciar meus relacionamentos profissionais. Eu aprendi como os outros me percebem em um ambiente corporativo”, conta Thijs.

Chiara Lins CoachSegundo a coach — profissional com conhecimento das técnicas de coaching — Chiara Lins, que atua em Macaé com coach executive e business, o trabalho com o coachee — pessoa assessorada pelo coach —desenvolve competências como raciocínio lógico, análise crítica, entre outras. A atividade tem início, meio e fim e contempla análise comportamental, tarefas e exercícios.

A 8ª Pesquisa Anual de Coaching Executivo de 2013, desenvolvida pela Sherpa Executive Coaching com mais de mil participantes revelou dados de aprovação da atividade. Do ponto de vista dos clientes que contratam o coaching, 50% definem os resultados como “bons” e 40% como “excelentes”. O estudo também mostrou que as três principais razões para contratar o profissional dessa área são: desenvolvimento de liderança, lidar com problemas específicos e apoiar o processo de transição.

Um dos fundamentos do coaching é fazer com que o coachee encontre as soluções por si mesmo, à medida que vai se conhecendo. Mas, não se trata de análise ou terapia. “O bom coach faz perguntas inteligentes para que as pessoas achem as respostas por elas mesmas. Me vejo como uma parceira de negócios do executivo para desenvolver o que ele não tem e aperfeiçoar o que ele te de bom”, diz Chiara.

Para a diretora administrativa do Hospital Público Municipal de Macaé (HPM), Maria Célia Ximenes, o coaching ajudou a potencializar um aspecto positivo de seu comportamento, o relacionamento com equipes. Ela contratou o serviço com a coach Giovana Sorage. “Esse trabalho me mostrou dados importantes sobre mim e com isso consegui lidar melhor com as pessoas. Isso me deu mais ferramentas para conseguir atingir as minhas metas e trouxe bom entrosamento com a equipe. Hoje consigo extrair o melhor de cada pessoa e isso ajuda muito na relação com o outro”, diz Maria Célia.

De acordo com a coach Giovana Sorage, que atua em Macaé, o método pode ser aplicado para ampliar realizações profissionais, abrir um novo negócio, mudar de carreira, resolver conflitos entre equipes, ter uma vida mais equilibrada, aumentar as vendas, etc. “O ser humano nunca para com o intuito de se auto perceber. O coaching traz esse olhar novo sobre a pessoa. É incrível como as pessoas despertam e se descobrem fortes através do processo”, diz Giovana.

Maria Célia Ximenes diretora administrativa do HPM Macaé

A diretora administrativa fez coaching em 2012 porque queria conhecer mais sobre o próprio comportamento na vida corporativa e identificar os pontos fracos e fortes, para aprimorá-los. Ocupando cargos de direção há mais de 10 anos, em diferentes instituições da área de saúde, Maria Célia descobriu que precisava mudar alguns comportamentos.  “Eu tenho a necessidade de ter algumas informações próximas a mim e acumulava muito papel em cima da mesa por causa disso. Com o coaching, recebi dicas para melhorar o arquivamento desses documentos e para resolver logo as pendências. Agora, quando chega um papel já respondo ou delego para alguém resolver. Minha mesa não fica vazia, mas já está bem diferente do que era antes”, conta.

Os gestores do grupo Villaare — que congrega as lojas de móveis planejados das marcas Italínea e Todeschini em Rio das Ostras, Búzios e Macaé — passaram pelo processo em 2012. De acordo com Rodrigo Arenales, dono do grupo Villaare, os trabalhadores que eram bons no operacional e de confiança foram ascendendo e se tornaram gerentes. O trabalho teve como foco as pessoas que ocupavam esses cargos. “Vimos a necessidade de trabalhar mais o lado gerencial dos nossos gerentes. As vezes, o funcionário é muito bom na operação e pode não ser tão bom com a gestão de pessoas”, diz Rodrigo.

Como resultado do coaching, o grupo conseguiu identificar a necessidade de readequação de funções que combinassem o perfil pessoal com as habilidades que o cargo exige. “Percebemos que alguns gestores eram bons operadores e outros bons executores. Algumas pessoas estavam em áreas invertidas. Isso gerava estresse porque quando a pessoa tem uma função muito diferente dela é necessário fazer um esforço enorme para se adaptar. Às vezes, esse funcionário é muito bom e pode ser aproveitado em outro cargo.”, relata Rodrigo.

A ética e o sigilo no coaching

Maria Amélia Noriega, farmacêutica e proprietária da Aguaviva Farmácia de Manipulação, usou o método para ajudar a definir mudanças na empresa. “Eu repensei a forma de gerir. Mudei um pouco o foco dos produtos e foi muito positivo porque me deu mais segurança na tomada de decisões”, fala Maria Amélia. Para ela, contratar um profissional ético e capacitado é fundamental. “É um processo muito íntimo e a gente acaba dando informações importantes sobre a empresa e sobre nós mesmos. Então, tem que ser sigiloso. O coach tem que passar essa confiança”, diz a empresária.

maria amélia e giovana sorage fazendo coachingA profissão de coach ainda não é regulamentada. Mas, no Brasil existe a Sociedade Brasileira de Coaching (SBCoaching) que é uma referência no assunto e responsável por formar muitos profissionais da área. O código de ética da SBCoaching informa que o conteúdo das sessões é confidencial e ainda que o coach não deve utilizar conhecimentos do método para prejudicar pessoas ou instituições.

Na hora de contratar o serviço, é recomendável que o cliente busque informações sobre a formação do profissional e também referências de pessoas que já utilizaram os serviços. Essas dicas podem ser boas formas de evitar a contratação de alguém que se diz coach, mas não tem domínio dos métodos e nem estudou para exercer a atividade. As profissionais entrevistadas pela equipe de reportagem do Portal DiverCidades, Chiara Lins eGiovana Sorage, são formadas pela SBCoaching.

Tipos de coaching

Segundo a Sociedade, há três tipos de coaching. O trabalho tem aplicação no mundo dos negócios e também em várias outras esferas, como na vida pessoal. Esse é o caso do life coaching, ou coaching de vida, que auxilia o assessorado em todos os aspectos de sua vida e pode ser usado, por exemplo, por um estudante que tem a meta de passar no vestibular ou uma mulher que sonha em engravidar, entre outros casos.

Há o coaching de negócios, ou business coaching, que é aplicado em empresas e tem o objetivo de aprimorar aspectos profissionais de colaboradores, como foi a dinâmica feita no grupo Villaare. E por último, o coaching de carreira que tem o intuito de orientar os profissionais a definirem melhores propósitos.

Há ainda outros tipos mais específicos, como é o caso do coaching executive. Nessa modalidade, o processo está voltado para o desenvolvimento de competências de profissionais que ocupam cargos de liderança, como executivos e outros tipos de líderes. O engenheiro de perfuração holandês Thijs Visser e a proprietária da Aguaviva Fármacia de Manipulação, Maria Amélia, se encaixam nesta modalidade.

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