Edição nº 55/ Abril 2021 - Especial Dia das Mães
Texto: Leila Pinho
Se você está grávida ou acabou de ter o seu bebê, essa matéria pode fazer muito sentido para você. Durante a gestação, você nota que o cabelo está mais bonito, viçoso, com o crescimento mais acelerado. As pessoas até elogiam. Mas, depois que o bebê nasce, os fios caem tanto que você começa a ficar assustada. Segundo explica a dermatologista Dra. Marlene Sessim, esse processo de queda capilar recebe o nome de Eflúvio Telógeno.
“É uma condição que se caracteriza pelo aumento da queda diária dos fios de cabelo. Seu aumento é visto, principalmente, naquele bolo que cai no chuveiro ou fica na escova, quando penteamos”, explica a dermatologista.
A causa do Eflúvio Telógeno agudo está associada a algum evento que aconteceu três meses antes do início da queda. Isso porque, o período de preparo para a queda dura de dois a três meses e os fios se desprendem ao final desse ciclo. A gestação é um desses eventos.
Esses eventos, ou gatilhos, fazem com que um percentual maior de fios caia. Sendo assim, ao invés de termos 100 a 120 fios caindo diariamente (queda fisiológica diária), ou seja, natural e esperada, temos de 200 a 300 fios, dependendo do paciente e da causa do eflúvio.
Existem outros fatores que também podem causar a queda acentuada dos fios. Por isso, o ideal é sempre buscar um dermatologista para fazer um diagnóstico correto. “A mulher pode ter deficiência de vitaminas, de ferro ou outros distúrbios que possam estar levando à queda dos fios. No consultório, eu faço a avaliação do couro cabeludo através da tricoscopia digital, teste da tração e solicitação de exames sanguíneos. Com a realização dos exames, eu consigo um diagnóstico mais correto, me permitindo optar por uma terapia mais adequada para cada caso”, explica Dra. Marlene, que é docente e lecionou sobre o tema no curso de pós-graduação em cosmiatria no Instituto Lapidare, em Balneário Camboriú/SC.O eflúvio é autolimitado, ou seja, tem uma duração predeterminada de dois a quatro meses, caso não haja outra doença associada. Se o paciente tem alguma condição associada, como alopecia androgenética (calvície) ou a alopecia senil (queda de cabelo que surge após os 60 anos), em geral, costuma-se tratá-lo para que possa ter plena capacidade de recuperar o volume perdido. Algumas medicações e algumas tecnologias que são estimuladoras do crescimento capilar podem ser associadas para acelerar esse processo de recuperação. Se o paciente for saudável, e sem doença prévia do couro cabeludo, terá plena capacidade de sucesso no tratamento.
Dra. Marlene Sessim
Av. Nossa Senhora da Glória, 1181
Sl 607 - Praia Campista - Macaé/RJ
Telefone: 22 2142-3842 22 99799-6225
@dramarlenesessim
www.marlenesessim.com.br
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