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Espaços compartilhados para reduzir os custos

ter, 03/01/2017 - 11:13 -- Leila Pinho
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Fotos: Alle Tavares
sala de reunião da BQ Macaé

Para quem é empresário ou autônomo, ter um ponto comercial pode simbolizar o início do trabalho. Mas manter em funcionamento o escritório pode comprometer uma boa parte do orçamento. As contas são muitas: água, luz, telefone, internet, aluguel, condomínio, limpeza, encargos empregatícios com funcionários como recepcionista, secretária, etc. Os chamados custos fixos pesam no bolso e se a empresa enfrenta período de baixa lucratividade, está na hora de fazer uma revisão e cortar gordurinhas. É o que muita gente tem feito. Na reavaliação, um jeito moderno de dividir despesas está surgindo como alternativa: os escritórios compartilhados.

Foto: Gianini Coelho

praia dos cavaleiros macaé vista áereaEm Macaé, a BQ que fica nos Cavaleiros, oferece espaços multiusos para trabalho. São várias salas mobiliadas como escritório, sala de treinamento de reunião que podem ser alugadas por qualquer empresa. Segundo a franqueada da BQ Macaé, Noelle Magalhães, este modelo de escritório pode representar até 50% de economia se comparado aos gastos de manutenção de um local individualizado em prédio comercial. A economia é possível porque todas as despesas fixas são rateadas entre os locatários.

 

Um dos pontos favoráveis é que há vários tipos de pacotes. “Nós temos o escritório mobiliado conforme a necessidade de tempo. Pode ser necessário usar todos os dias úteis ou só um dia da semana. Temos a sala de treinamento e a de reunião que também são alugadas conforme a necessidade de horas. E tem o escritório virtual, com atendimento telefônico exclusivo com a identificação da empresa, registro de alvará e um pacote de horas para uso de uma sala”, esclarece Noelle. A franqueada garante que, no modelo virtual, a redução de custos pode chegar a 90% se comparado a manter um espaço em tempo integral.

 

advogada na salaPara a advogada Hérika Cristina Springer, que atua na área de recuperação de créditos para empresas, o escritório compartilhado atende bem às expectativas. Ela trabalha em outras cidades do Estado e até em Minas Gerais, ficando em Macaé apenas um dia da semana. Em todos os outros locais, ela possui sala própria e os gastos são altos. Somente para manter o espaço na cidade de Cabo Frio, que fica no Centro, ela afirma gastar R$ 6 mil, por mês. Em Macaé, Hérika aluga uma sala da BQ, uma vez por semana, e paga cerca de R$ 600 por mês. “A economia é muito grande. A maior vantagem é a redução de custos e os serviços prestados. Eu chego no escritório, atendo clientes, tenho privacidade, uso malote, serviço de motoboy, tenho água, café, internet funcionando e não preciso me preocupar com nada. Lamento não ter encontrado isso nas outras cidades onde eu atuo”, fala a advogada.

 

lucia almeida coach de macaéDepois de cinco anos num escritório locado no Centro, a coach e consultora de Recrutamento e Seleção, Lúcia Almeida, resolveu mudar. Ela possui duas empresas e ocupava duas salas em um prédio comercial desde 2011, mas ficava muito tempo com o lugar ocioso. Como realiza prestação de serviços na área de RH, boa parte da atividade dela e de sua equipe pode ser feita em home office (em casa), havendo uma necessidade menor de encontros presenciais para recrutamento e seleção, treinamento, entre outras atividades. Com a mudança para o escritório compartilhado, ela descobriu outros benefícios que não só o financeiro. “O melhor é a produtividade que isso me proporciona. Agora, eu consigo me dedicar ao que realmente preciso, focar no meu trabalho. Antes, eu perdia horas resolvendo problemas administrativos, com manutenção e internet”, conta Lúcia. Atualmente, ela contrata um pacote da BQ com atendimento dedicado, entre outros serviços e possui 32 horas de sala para usar mensalmente. Lúcia afirma economizar, por mês, aproximadamente 84% depois que fez a mudança.

 

Só com o pacote escritório virtual, a franqueada Noelle registrou cerca de 60% de aumento da demanda. “Com a crise, as pessoas estão reduzindo os custos, entregando imóveis e empreendendo mais. Meu modelo de negócio dá um empurrãozinho para a empresa porque a gente oferece um endereço comercial, atendimento telefônico personalizado, domicílio fiscal, cuida das correspondências e várias outras coisas”, explica. Ela acredita que o aumento do interesse também se dê porque os valores são acessíveis a profissionais liberais e pequenos empreendedores.

 

Consultórios compartilhados

Foto: Gianini Coelho

médica endocrinologista carolinaCom a mesma ideia de ratear despesas, a endocrinologista Carolina Cortes Tapias Buechem abriu o seu espaço próprio, a Metaclin Clínicas Associadas, que fica em um prédio comercial nos Cavaleiros, para outros profissionais de saúde. Para os trabalhadores desta categoria é muito comum atuar em vários locais. Alguns atendem pacientes pelo SUS, dão aulas, têm consultório particular, etc. Por isso, muitas vezes, eles têm a necessidade de estar no consultório apenas alguns dias da semana. É exatamente o que acontece com Carolina.

 

Ela, então, decidiu alugar os dois consultórios da Metaclin por blocos de 5 a 6 horas, por dia. Quatro pessoas já estão utilizando o consultório nesse sistema. Segundo explica a médica, montar um consultório nos Cavaleiros pode custar aproximadamente R$ 8 mil. “Imagina o que é assumir esse custo para um profissional que está começando. O médico quer estar num bom ponto, com custo mais baixo. A vantagem é que ele vai ter um endereço comercial com internet, telefone, recepcionista, luz, água, condomínio, receituário e tudo na medida em que ele precisa”, fala Carolina. A locação de quatro blocos de horário custa R$ 800 e, conforme o número de blocos contratados for aumentando, há descontos.

 

Para a médica endocrinologista, os consultórios compartilhados podem fazer crescer a rede de clientes. “Acontece um networking entre os profissionais da clínica e um acaba indicando o paciente para o outro. Sem falar que, para o paciente, é muito mais fácil agendar as consultas e fazer tudo num lugar só”, ressalta.

 

Coworking de arquitetura

 

coworking de arquitetura em macaéMais comum em grandes centros urbanos, o coworking é uma prática nova de trabalho que está ganhando muitos adeptos. Inspirada em outras iniciativas e devido ao cenário de recessão, a arquiteta Grasiela Mancini criou um coworking de arquitetura, no bairro Visconde de Araújo, em Macaé. “Fechamos muitas portas por causa da crise, a construção civil sentiu muito. Daí, pensei o que poderia fazer para reduzir custos e manter o escritório alugado. Como sempre tive muito contato com recém-formados, pensei o que fazer para ajudá-los. Então, vi que Macaé não tinha um espaço como este e tinha demanda”, explica.

 

A ideia da arquiteta foi abrir um coworking voltado para profissionais de arquitetura que ainda estão construindo a cartela de clientes e não têm muita experiência. No coworking, não há divisões de paredes entre os lugares ocupados, todos ficam num ambiente aberto e totalmente integrado. O conceito desse modelo de trabalho também prevê mais abertura, com as pessoas compartilhando ideias, projetos e podendo fazer atividades juntas. “O coworking estimula a conexão. Estou aberta a dividir clientes com os novos arquitetos do espaço, pra mim é interessante porque, hoje, tem clientes de vários tipos. Não acredito na ideia de que vou perder clientes porque, hoje, quanto mais conexão se faz, mais se ganha”, fala Grasiela. A arquiteta Raphaela Albuquerque, formada há 2 anos, utiliza o coworking.

O coworking de arquitetura aluga as estações de trabalho por pacote de horas, mensal. A locação de 50 horas por mês custa R$ 250, e a estação exclusiva, em horário integral nos dias úteis, é R$ 700. O serviço contempla telefone, água, luz, internet, cafezinho, uso de gavetas, limite de impressões, entre outras coisas.

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