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Dra. Polyana Cordeiro Oncologista por amor

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Ana Amado

A oncoligista Polyana Cordeiro criou o perfil "Onco.po.amor" no Instagram, com o objetivo de compartilhar, de uma forma leve, diversos assuntos relacionados ao tratamento do câncer.

Edição nº 57/Outubro 2021

Texto: Alysson Nogueira

A medicina baseada em estudos científicos vem sendo a luz, cada vez mais próxima, na vida de milhares de pessoas que hoje vivem com câncer. Os novos métodos de diagnóstico e tratamentos para os variados problemas de saúde são incorporados à literatura médica, tornando cada vez mais eficazes seu tratamento. A Dra. Polyana Cordeiro atua no ramo há mais de 8 anos, se especializando em oncologia clínica no Instituto Nacional de Câncer (INCA). A profissional é conhecida por aplicar o conceito da humanização junto aos seus pacientes.
A Medicina Personalizada (ou Medicina de Precisão) vem ganhando protagonismo na área da Oncologia. Além de estabelecer as condições clínicas de cada paciente, é fundamental pesquisar características específicas dos tumores para escolher o melhor tratamento.“Essas características podem ser uma molécula, um gene, uma proteína ou hormônio. Eles são chamados de marcadores biológicos. Com essas informações em mãos, o oncologista consegue identificar qual a melhor estratégia de tratamento para cada caso, objetivando mais eficiência e menos efeitos colaterais”, pontua Polyana.
Em julho de 2019, Michele da Conceição Prata descobriu o câncer de mama após realizar o autoexame. Aos 37 anos, a comerciante nos conta que teve muito medo no início da doença. “Assim que fiz o ultrassom, eu havia percebido algo diferente, pois a minha mãe já havia sido diagnosticada com câncer. Não é qualquer um que encara a situação. Nosso psicológico fica abalado! Eu tive muito apoio dos médicos, da família, dos amigos e, principalmente, de Deus. Isso me ajudou a persistir”, conta.
Após se submeter à cirurgia, Michele descobriu a gravidez. Segundo Dra. Polyana, ela foi diagnosticada com um subtipo agressivo de câncer de mama, sendo necessária a complementação do tratamento com a quimioterapia. Esse tipo de tratamento reduz as chances de retorno do câncer. Por estar grávida, foi necessário um acompanhamento atento, em conjunto com a obstetra Dra. Thais Fonseca. Todo o processo foi cuidadosamente conduzido para evitar toxicidade grave para a mãe e para a bebê. “Hoje, eu levo uma vida normal. Trabalho, cuido da minha família, incluindo minhas duas outras filhas, Kesia e Marcella”, reforça Michele.
Para Polyana, quanto mais próximo de casa o paciente está, melhor será a aceitação e evolução do tratamento. “Engana-se quem acredita que os melhores tratamentos só podem ser realizados nos grandes centros. É possível sim, ter acesso às novas medicações, como imunoterapia e terapia alvo, aqui na nossa cidade. Estar em casa traz um enorme conforto aos pacientes, principalmente aos oncológicos. Isso é importante para a rede de apoio do paciente”, conclui.