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 Já está em fase final de produção o livro “Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba”, do fotojornalista Romulo Campos. A publicação é a terceira do autor e retrata em 270 imagens, distribuídas em 196 páginas, o único parque nacional de restinga do Brasil, que está localizado na região Norte Fluminense, entre os municípios de Macaé, Carapebus e Quissamã. A previsão é de que o livro seja lançado em setembro.

As ilustrações que compõem o livro foram escolhidas de um acervo de 20 mil imagens tiradas ao longo de quase dez anos de trabalho de Romulo na reserva ambiental. A obra tem patrocínio da Petrobras e textos em português e inglês assinados pelo biólogo Francisco de Assis Esteves e pelo ambientalista Arthur Aristides Soffiati Neto.

Romulo destaca que além de documentar a segunda mais extensa faixa de restinga existente do Estado do Rio de Janeiro, a publicação servirá como referência nas áreas educacional, científica e cultural. Ele detalha que a primeira tiragem será de 3.000 exemplares, que serão distribuídos a bibliotecas públicas, centros de pesquisa, universidades e instituições ambientais da região.

“Nossa proposta literária foi realizar  pela primeira vez, em formato de livro, o resgate documental do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, resultando em uma obra que, além de sua importância documental, se transforme também em referência na área educacional, científica e cultural”, disse o autor.

Patrimônio ambiental

O biólogo Francisco de Assis Esteves conta que no dia 29 de abril de 1998 foi assinado o decreto de criação do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, que consiste em uma Unidade de Conservação Federal que protege aproximadamente 15 mil hectares do que sobrou de séculos de destruição desta vasta restinga localizada no Norte-Fluminense.

Ainda segundo Esteves, extremamente pobre em nutrientes devido à sua formação arenosa, a planície costeira que originaria a Restinga de Jurubatiba surgiu há cerca de 5.000 mil anos, a partir da deposição de sedimentos marinhos, através dos movimentos de avanços e de recuos do mar.

Já o ambientalista e também historiador Arthur Aristides Soffiati Neto explica a origem da palavra Jurubatiba. “Essa palavra é registrada por Couto Reis, que dela nos elucida o sentido em seu relatório de 1785: ‘Jiribá é uma palmeira ou coqueiro; e tiba significa em abundância; e porque nesse Campo há muitos, lhe chamaram os índios Campos de Jiribatiba, isso é de muitos Coqueiros’”.

O historiador conclui que a palavra deriva de jarybá, uma espécie de palmeira bastante comum em terrenos de restinga. Daí a praia de Geribá, em Búzios. Mas existe também a expressão jurebetyba, significando grande concentração da solanácea jurebeba, aportuguesada para jurubeba.

O Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba possui ainda 44km de praias, sendo que neste trecho existem 18 lagoas costeiras.
 

Fotografia: uma herança de família

Nascido em uma família de fotógrafos, vem de berço o olhar diferenciado de Romulo Alexander Campos, nascido em 20 de abril de 1954. Mãe, pai e irmãos seguiram a mesma profissão e se tornaram uma das principais referências fotográficas em Macaé. Ele, que é formado em Comunicação social, é casado com a também fotógrafa Claudia Barreto. Ele foi o primeiro fotógrafo de Macaé a migrar para a tecnologia digital.

Começou a fotografar aos 12 anos acompanhando o pai, Lívio Campos, nos jogos de futebol no Estádio Expedicionário de Macaé. Desde cedo começou a exercer o fotojornalismo, trabalhando nos principais jornais da região e, mais recentemente, dedicando-se à assessoria de imprensa na área política. Como jornalista fundou o jornal “Folha Macaense” em parceria com o jornalista Martinho Santa Fé, e com o amigo Claudio Azevedo fundou a “Folha de Quissamã”.

Em 2008 lançou o livro Lagoa Imboassica, em parceria com a fotógrafa Claudia Barreto, um alerta sobre a lenta e agonizante morte da principal lagoa macaense. Três anos depois publicou o livro Parque Atalaia, também em parceria com esposa, sobre um dos mais importantes e bem-estruturados parques municipais do interior do Estado.

Dedicado à fotografia e ao jornalismo, Romulo Campos já atuou como assessor de imprensa do deputado Carlos Minc, do prefeito Sylvio Lopes, além de chefe de gabinete do ex-deputado estadual Glauco Lopes. Também ocupou o cargo de secretário de Comunicação da Prefeitura de Macaé e secretário de Gestão do prefeito Riverton Mussi.

Informações da prefeitura de Macaé